Três fábulas originalmente contadas por Esopo e La Fontaine, "A cigarra e a formiga", "O leão e o rato" e "O Vovô e a Cobra", ganham nova versão, com o tom contemporâneo das histórias em quadrinhos e a voz narrativa de uma das maiores escritoras da língua inglesa.
Três fábulas originalmente contadas por Esopo e La Fontaine, "A cigarra e a formiga", "O leão e o rato" e "O Vovô e a Cobra", ganham nova versão, com o tom contemporâneo das histórias em quadrinhos e a voz narrativa de uma das maiores escritoras da língua inglesa.
"O grande Alfafa e seu chapa Geléia estavam brincando no parque. Passavam o dia trocando idéia, e à noite iam pro ataque." Até que um dia o precavido Alfafa resolve retomar o trabalho a fim de se aprontar para o inverno. Geléia, que preferiu continuar "fazendo um som", procura o amigo quando o frio aperta. E é sobre o valor do trabalho e o da arte que os dois discutem. Se Geléia alimentou a alma de Alfafa com sua música, por que o amigo se recusava a retribuir?
É também sobre amizade que discutem o rato e o leão da outra fábula que compõe este livro. Quando um dia o rei da floresta se machuca, praticamente ninguém tem coragem de socorrê-lo - apenas o pequeno e indefeso rato se candidata à tarefa, mas pede em troca sua lealdade eterna. O roedor passa a se sentir a maior das feras e resolve tomar o lugar do leão, que, expulso de casa, se pergunta: "Será que a pessoa que quer ser tirana não está só com medo de ser ela mesma?".
Em "O Vovô ou a Cobra?", é a esperteza quem leva a melhor, conforme aprende Nate a partir da história que escuta de seu avô. Depois de atropelar uma cobra, o gentil senhor aceita levá-la para casa. A cobra jura que em troca de bom tratamento nunca irá picá-lo. Mas Vovô não se esquece de que ela é, afinal de contas, uma víbora...
Inspirada na vitalidade das fábulas de Esopo, a americana Toni Morrison - que recebeu o prêmio Nobel de literatura em 1993 - uniu-se ao filho para criar novas versões, reimaginando desfechos e morais; nelas, quem é vítima provavelmente sai ganhando, o pequeno tem a chance de ser forte, o bobo é quem percebe o que está por trás de tudo e o poderoso acaba perdendo o pulso.