Semana trezentos e setenta e sete

09/02/2018

Companhia das Letras

O tempo e o vento - Parte IIIde Erico Verissimo

Depois de O Continente e O Retrato, O arquipélago finaliza a trilogia protagonizada pela família Terra Cambará. Santa Fé, o Rio Grande do Sul e o Brasil como um todo se modernizam e já não cabem nos planos das oligarquias tradicionais. Os Cambará retiram o apoio ao governo e aderem à revolução de 1923. A história fictícia da família se mistura com a realidade fervilhante do país na primeira metade do século XX. As disputas pelo poder, a bravura e o amor marcam esta obra que se firmou como um clássico da literatura brasileira.

Assim falou Zaratustrade Friedrick Nietzsche (tradução de Paulo César de Souza)

Um dos trabalhos filosóficos mais lidos e influentes de todos os tempos, Assim falou Zaratustra talvez deva sua extraordinária fortuna ao seu caráter híbrido: filosofia, religião e literatura nele se juntam de maneira complexa e atraente. Ao publicar Além do bem e do mal, livro imediatamente posterior, Nietzsche revelou ao amigo Jacob Burckhardt que a nova publicação continha “as mesmas coisas que havia dito antes pela boca de Zaratustra, mas de modo diferente, bem diferente”. De fato, o leitor reconhecerá, na linguagem metafórica e alegórica dos discursos e diálogos de Zaratustra, muitas das ideias que seriam desenvolvidas em prosa reflexiva nas obras posteriores - ou que já haviam sido abordadas em Aurora e A gaia ciência, livros aos quais ele chegou a se referir como “comentários ao Zaratustra antes que ele aparecesse”.

Forte Apache, de Marcelo Montenegro

Voz destacada da poesia brasileira contemporânea, Marcelo Montenegro reúne três livros — Orfanato portátil (2003), Garagem lírica (2012) e o inédito Forte apache — em um único volume e compõe um inventário de imagens mundanas, repletas de referências da cultura pop. Para Chacal, que assina a orelha, Marcelo “ilumina [...] as pequenas cenas do dia a dia dos dias. Nisso ninguém o supera. Aí reside sua magia.” Em meio a “canetas que falham ao lado do telefone”, chaves que brigam com a fechadura, latas de Toddy e pão Pullman, o poeta mistura Beatles, Hopper e Fellini ao jogar luz sobre cenas e objetos que costumam passar despercebidos.

Paralela

A última damade Elizabeth Fremantle (tradução de Alexandre Boide)

Penelope Devereux, filha de um dos maiores inimigos da coroa inglesa, chega à corte sem saber os perigos que a esperam. Ainda assim, ela e seu charmoso irmão, o conde de Essex, logo caem nas graças da rainha Elizabeth I, aprendendo muito rápido a navegar o mar de intrigas que os cercam. Insatisfeita em seu casamento e apaixonada por outro homem, Penelope arrisca sua reputação em nome da própria felicidade, ao mesmo tempo que precisa formar alianças para garantir a segurança de seu irmão e de sua família sem despertar suspeitas na corte. Apesar da influência de Essex crescer, seus inimigos também se tornam mais fortes, exigindo que a jovem Devereux use todo o seu conhecimento político para prevenir um desastre. Contado pelas perspectivas de Penelope e de Cecil, o pior inimigo de seu irmão, esta é uma história de amor, ódio e ciúmes que se desenrola ao longo das últimas décadas do reinado de Elizabeth I.

Despertarde Nina Lane (tradução de Alexandre Boide)

Um casamento baseado no amor, no desejo e na confiança. Um segredo guardado com a melhor das intenções. Um relacionamento — intenso e imperfeito — colocado à prova. Dean West é o grande amor e o porto seguro da vida de Olivia. Um marido dedicado, um parceiro intenso e, acima de tudo, um homem completamente apaixonado por sua mulher. Conhecedor dos segredos mais obscuros da esposa, Dean a possui por completo — hoje, amanhã e sempre. Mas o casamento aparentemente perfeito dos dois é abalado quando Olivia descobre uma faceta até então desconhecida do passado do marido. Será que a força dos sentimentos que eles têm um pelo outro será capaz de prevalecer sobre a dor da decepção?

Companhia das Letrinhas

A guerra do pão com manteigade Dr. Seuss (tradução de Bruna Beber)

Os Azuizinhos e os Laranjinhos são dois povos muito parecidos, mas que se acham bem diferentes. Isso porque eles não concordam de jeito nenhum em uma coisa: como passar a manteiga no pão. Por causa dessa diferença, eles resolveram construir um muro entre suas terras, assim poderiam ficar separados de vez de quem não pensava igual a eles. E se algum inimigo se aproximasse… A guerra poderia começar a qualquer momento! Nessa história em versos inspirada na Guerra Fria, Dr. Seuss provoca reflexões sobre o convívio em sociedade e a aceitação do diferente. Com um final aberto, cabe ao leitor decidir como essa disputa vai acabar.

A parte que faltade Shel Silverstein (tradução de Alípio Correa de França Neto)

O protagonista desta história é um ser circular que visivelmente não está completo: falta-lhe uma parte. E ele acredita que existe pelo mundo uma forma que vai completá-lo perfeitamente e que, quando estiver completo, vai se sentir feliz de vez. Então ele parte animado em uma jornada em busca de sua parte que falta. Mas, ao explorar o mundo, talvez perceba que a verdadeira felicidade não está no outro, mas dentro de nós mesmos. Neste livro, leitores de todas as idades vão se deparar com questionamentos sobre o que é o amor e quanto dependemos de um relacionamento ou parceira para nos sentirmos plenamente felizes.

Suma

Interferênciasde Connie Willis (tradução de Viviane Diniz)

Em um futuro não muito distante, um simples procedimento cirúrgico é capaz de aumentar a empatia entre os casais, e ele está cada vez mais na moda. Por isso, Briddey Flannigan fica contente quando seu namorado, Trent, sugere que eles façam a cirurgia antes de se casarem — a ideia é que eles desfrutem de uma conexão emocional ainda maior, e que o relacionamento fique ainda mais completo. Bem, essa é a ideia. Mas as coisas acabam não acontecendo como o planejado: Briddey acaba se conectando com outra pessoa, totalmente inesperada. Conforme a situação vai saindo do controle, Briddey percebe que nem sempre muita informação é o melhor, e que o amor — e a comunicação — são bem mais complicados do que ela esperava.

Reimpressões

Origens do totalitarismo (Companhia de Bolso), de Hannah Arendt (tradução de Roberto Raposo)

Homens em tempos sombrios (Companhia de Bolso), de Hannah Arendt (tradução de Denise Bottmann)

Legenda áurea, de Jacopo de Varazze (tradução de Hilário Franco Júnior)

Bilhões e bilhões (Companhia de Bolso), de Carl Sagan (tradução de Rosaura Eichenberg)

A sombra do vento, de Carlos Ruiz Záfon (tradução de Marcia Ribas)

Comer, rezar, amar, de Elizabeth Gilbert (tradução de Fernanda Abreu)

Para educar crianças feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie (tradução de Denise Bottmann)

No seu pescoço, de Chimamanda Ngozi Adichie (tradução de Julia Romeu)

Orientalismo (Companhia de Bolso)de Edward W. Said (tradução de Rosaura Eichenberg)

Cartas extraordinárias, organizado por Shaun Usher (tradução de Hildegard Feist)

O natimorto, de Lourenço Mutarelli

O cheiro do ralo, de Lourenço Mutarelli

Compartilhe:

Veja também

Voltar ao blog