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A autora homenageada da sétima edição da FLUP – A Festa Literária das Periferias é Maria Firmina dos Reis — até onde se pode verificar, a primeira mulher negra a produzir um romance nas Américas. E nesse mês a Penguin-Companhia também lança uma nova edição do romance Úrsula, com estabelecimento de texto e introdução feita pela prof. Maria Helena Pereira Toledo Machado e cronologia do prof. Flávio dos Santos Gomes.
Para juntar esses dois eventos, a Penguin-Companhia doará uma porcentagem do valor das vendas da obra para a FLUP.
E a programação da festa, que acontece no Rio de Janeiro de 6 a 11 de novembro, está incrível! A conferência magna reunirá estudiosos da obra de Maria Firmina dos Reis, como o professor Eduardo de Assis Duarte e as professoras Luciana Diogo e Giovana Xavier, além da poeta Jarid Arraes. A homenagem se estende com uma programação inteiramente negra, um esforço para dar visibilidade à produção literária da mulher negra tanto no Brasil como no mundo, com não menos que 52 autoras negras.
Segundo a organização da FLUP: “Também faz parte da homenagem o desfile com que atualizamos a denúncia que Zuzu Angel fez da ditadura militar na década de 1970, agora para mostrar que o estado brasileiro mata jovens negros e não mais por razões por políticas. Esse desfile tem como objetivo dar visibilidade às mulheres negras que não param de perder seus filhos para uma violência que teve como ponto culminante o assassinato da vereadora Marielle Franco.” Todos os recursos obtidos serão destinados a essas mães.
Obra inaugural da literatura afro-brasileira, Úrsula é um dos primeiros romances de autoria feminina escritos no Brasil. Maria Firmina dos Reis, mulher negra nascida no Maranhão, constrói uma narrativa ultrarromântica para falar das mazelas sociais decorrentes da escravidão.
Tancredo e Úrsula são jovens, puros e altruístas. Com a vida marcada por perdas e decepções familiares, eles se apaixonam tão logo o destino os aproxima, mas se deparam com um empecilho para concretizar seu amor. Combinando esse enredo ultrarromântico com uma abordagem crítica à escravidão, Maria Firmina dos Reis compõe Úrsula, um dos primeiros romances brasileiros de autoria feminina, em 1859. Por dar voz e agência a personagens escravizados, é vista como a obra inaugural da literatura afro-brasileira. Retrata homens autoritários e cruéis, mostrando atos inimagináveis de mando patriarcal e senhorial em um sistema que não lhes impõe limites. Com rica introdução e contextualização histórica, esta edição de Úrsula celebra uma das autoras mais importantes da literatura nacional e conta com estabelecimento de texto e introdução de Maria Helena Pereira Toledo Machado e cronologia de Flávio Gomes.
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