Quatro livros para descobrir João do Rio, homenageado da Flip 2024

13/06/2024

João do Rio – pseudônimo de Paulo Barreto – será o homenageado da 22ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), evento que acontece entre os dias 9 e 13 de outubro de 2024.

Jornalista, cronista, contista e teatrólogo, João nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1881. Capital do império que passou a ser capital da República a partir de 1889, a cidade do Rio de Janeiro foi a principal personagem das crônicas jornalísticas deste autor genial – que usou seus textos como uma janela através da qual contemplava as glórias e misérias do Brasil republicano.

Trabalhando na imprensa desde os 16 anos, João do Rio foi o primeiro jornalista brasileiro a ter o senso da reportagem moderna. Foi ainda o segundo ocupante da cadeira de número 26 da Academia Brasileira de Letras (ABL), eleito em 7 de maio de 1910, na sucessão de Guimarães Passos.

Em A alma encantadora das ruas, reunião de textos publicados na imprensa carioca entre 1904 e 1907, ele percorre as ruas do Rio de Janeiro para reter uma cidade que vivia um processo de transformação acelerada, passando de corte modorrenta a ambiciosa capital federal.

João do Rio também é objeto e personagem em outros livros publicados pela Companhia das Letras. Nos livros de Ruy Castro, Metrópole à beira-mar e As vozes da metrópole, aparece como protagonista e testemunha do Rio dos anos 1920, em ebulição. Já em Modernidade em preto e branco, de Rafael Cardoso, o cronista é chave fundamental para entender este movimento fora das terras paulistas.

Na lista abaixo, confira estas quatro obras, que apresentam e destacam o legado e o mundo em que viveu este personagem ímpar da literatura brasileira:

 

1. A alma encantadora das ruas, de João do Rio

O "irmão" carioca de Baudelaire flana pelas ruas do Rio e mostra cenas da Belle Époque à brasileira: o contraste entre o glamour dos salões da sociedade e a brutal marginalização da "plebe ignara".

 

2. Metrópole à beira-mar, de Ruy Castro

Uma reconstituição histórica dos anos loucos cariocas, entrelaçando eventos políticos e culturais à trajetória dos personagens, — os lembrados e os esquecidos —, que fizeram e mudaram a história.

 

3. As vozes da metrópole, de Ruy Castro

Esta saborosa seleção de frases, provocações, poemas e textos de ficção e reportagem joga luz sobre a produção literária, poética e jornalística dos escritores que foram protagonistas e testemunhas dos anos loucos cariocas.

 

4. Modernidade em preto e branco, de Rafael Cardoso

Geralmente entendido como um movimento de elite, o modernismo brasileiro ganha uma releitura radical passando por diversas classes sociais e áreas geográficas, incluindo as primeiras favelas, a reinvenção do carnaval e a mudança de posições do jornalismo.

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