Conheça nossos títulos entre os 100 melhores livros do século XXI, pelo New York Times

23/07/2024

O jornal norte-americano The New York Times, em parceria com 503 romancistas, poetas, críticos e amantes dos livros, selecionou os cem melhores livros publicados no século XXI. Através de um formulário, cada um dos convidados selecionou seus dez livros favoritos.

A Companhia das Letras foi a editora brasileira que mais publicou títulos da lista, totalizando 31 obras.

Abaixo, você pode conferir todos os nossos livros, e seus lugares neste pódio do Times! Os títulos indisponíveis no catálogo estarão disponíveis em breve, fique de olho em nossas redes sociais para novidades.

99º: Como ser as duas coisas, de Ali Smith (trad.: Caetano W. Galindo)

A versatilidade da arte é o tema por trás das trajetórias de amor e injustiça que aqui se espelham dissolvendo gêneros, formas, tempos, realidades e ficções. Com técnica análoga à pintura de afrescos, Smith cria uma original história de duplos, protagonizada por um pintor renascentista dos anos 1460 e uma neta dos anos 1960.

94º: Sobre a beleza, de Zadie Smith (trad.: Daniel Galera)

Com graça e inteligência excepcionais, uma das mais aclamadas escritoras inglesas da nova geração narra a história da rixa entre dois intelectuais ingleses, e os conflitos que surgem do cruzamento dos destinos de suas famílias.

91º: A marca humana, de Philip Roth (trad.: Paulo Henriques Britto)

Em 1998, uma histeria puritana se apodera dos Estados Unidos, na esteira do escândalo sexual que envolveu o presidente da República e uma estagiária na Casa Branca. No mesmo ano o professor universitário Coleman Silk vê sua vida destruída por acusações de racismo e abuso sexual.

90º: O simpatizante, de Viet Thanh Nguyen (trad.: Cássio Arantes Leite)

Um épico de amor e traição. O leitor acompanha um agente duplo comunista sem nome, que se infiltrou no exército sul-vietnamita e conseguiu se refugiar nos Estados Unidos depois da Queda de Saigon. Pessoa de confiança de um general que se recusa a admitir a derrota para os vietcongues, esse "homem de duas mentes" observa o esforço dos refugiados vietnamitas para sobreviver em uma melancólica Los Angeles enquanto secretamente reporta a seus superiores comunistas no Vietnã.

84º: O imperador de todos os males, de Siddhartha Mukherjee (trad.: Berilo Vargas)

Com a precisão de um biólogo, a visão de um historiador e a paixão de um biógrafo, o oncologista Siddhartha Mukherjee traça uma biografia detalhada do câncer, do primeiro registro às mais avançadas pesquisas, últimas descobertas e expectativas para o futuro, abrindo caminho para a desmitificação dessa doença tão temida.

79º: Manual da faxineira, de Lucia Berlin (trad.: Sonia Moreira)

Lucia Berlin teve uma vida repleta de eventos e reviravoltas. Aos 32 anos, já havia vivido em diversas cidades e países, passado por três casamentos e trabalhado como professora, telefonista, faxineira e enfermeira para sustentar os quatro filhos. Lutou contra o alcoolismo por anos antes de superar o vício e tornou-se uma aclamada professora universitária em seus últimos anos de vida. Desse vasto repertório pessoal, Berlin tira inspiração para escrever os contos que a consagraram como uma mestre do gênero.

75º: Passagem para o Ocidente, de Mohsin Hamid (trad.: José Geraldo Couto)

Numa cidade não nomeada, os jovens Saeed e Nadia iniciam um romance constrangido pelas pressões religiosas e sacudido pela crescente violência de uma guerra civil. Quando ouvem rumores da existência de portais clandestinos que levam a outros países, eles resolvem se arriscar numa aventura sem volta. Ao lado dos protagonistas, o leitor é levado aos mais diversos cenários geográficos e humanos, numa jornada vertiginosa e cheia de surpresas.

74º: Olive Kitteridge, de Elizabeth Strout (trad.: Sara Grünhagen)

Na prosa precisa e elegante de Elizabeth Strout, o leitor conhecerá esta professora de matemática aposentada da pequena Crosby, no litoral do Maine. Ao longo de quase trinta anos, acompanhamos sua trajetória: a passagem da maturidade à velhice, suas próprias agruras e os pequenos e grandes dramas que a cercam, assim como as vidas que se desenrolam ao seu redor e que ilustram à perfeição o drama humano, feito de desejo, desespero, ciúme, esperança e amor.

72º: O fim do homem soviético, de Svetlana Aleksiévitch (trad.: Lucas Simone)

O povo russo assistiu com espanto à queda do Império Soviético. A política de abertura do governo Gorbatchóv impôs uma mudança drástica da estrutura social, do cotidiano e, sobretudo, da direção ideológica da população. Em O fim do homem soviético, Svetlana Aleksiévitch examina a vida das pessoas afetadas por essa transformação.

71º: Trilogia de Copenhagen, de Tove Ditlevsen (trad.: Heloisa Jahn e Kristin Lie Garrubo)

Trilogia de Copenhagen é a obra-prima de Tove Ditlevsen (1917-1976), uma das principais vozes da literatura dinamarquesa do século XX, e reúne três volumes autobiográficos. Em Infância, acompanhamos a história dos primeiros anos da escritora, que cresceu em um bairro operário e sonha em se tornar poeta. Juventude descreve suas primeiras experiências sexuais e profissionais e a conquista de sua independência. No terceiro volume, Dependência, Tove já é conhecida nos círculos literários – mas sua vida pessoal entra em colapso comcasamentos conturbados e o vício em opioides.

67º: Longe da árvore, de Andrew Solomon (trad.: Pedro Maia Soares, Donaldson M. Garschagen e Luiz A. de Araújo)

Resultado de uma ampla investigação sobre as tensões entre identidade e diferença em famílias com filhos portadores de deficiências físicas, mentais e sociais, Longe da árvore é um ensaio monumental sobre a tolerância e a valorização da diversidade.

65º: Complô contra a América, de Philip Roth (trad.: Paulo Henriques Britto)

Logo no primeiro parágrafo, o leitor se dá conta de que a ação transcorre no tempo em que o aviador Charles Lindbergh – o primeiro a atravessar o Atlântico a bordo de um avião – foi presidente dos Estados Unidos. Quando Franklin D. Roosevelt, ao tentar reeleger-se para um terceiro mandato, perde para Lindbergh, o cenário se torna sombrio. O aviador é um ardoroso defensor da Alemanha nazista, um homem para quem os Estados Unidos deveriam se defender da "diluição nas raças estrangeiras". A vida da família Roth – e, potencialmente, o mundo – nunca mais será como antes.

59º: Middlesex*, de Jeffrey Eugenides (trad.: Christian Schwartz)

*livro disponível apenas em e-book

Narrado por uma personagem intersexual, o segundo romance de Jeffrey Eugenides é uma reinvenção do épico americano, que alia as tradicionais sagas familiares à mais virtuosa narrativa pós-moderna.

55º: O vulto das torres, de Lawrence Wright (trad.: Ivo Korytowski)

O vulto das torres mostra pela primeira vez os bastidores da história que culminou com os ataques terroristas de 11/9, revelando a gênese das concepções radicais islâmicas, o nascimento da Al-Qaeda e as desavenças entre os órgãos de inteligência americanos.

54º: Dez de dezembro, de George Saunders (trad.: José Geraldo Couto)

Uma visão alucinante e sarcástica da vida contemporânea nos contos inventivos e emocionantes de um mestre da narrativa norte-americana. Seus dez contos formam um vasto painel da vida contemporânea, apresentando nossas neuroses, comédias de erros, relações amorosas e outros traços da realidade do século XXI.

48º: Persépolis, de Marjane Satrapi (trad.: Paulo Werneck)

Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Persépolis é sua autobiografia em quadrinhos.

47º: Compaixão*, de Toni Morrison (trad.: José Rubens Siqueira)

*livro disponível apenas em e-book

Em Compaixão, Toni Morrison recua mais na história e vai à origem, a 1690, quando a própria nação norte-americana estava nascendo, cem anos antes da Declaração de Independência. Morrison nos faz lembrar que o começo do regime escravagista se confunde com esse início da nação, os dois cresceram juntos. A autora vê, nesse alvorecer do país, a possibilidade de uma escravatura sem racismo, que junta brancos, negros e indígenas numa mesma árdua luta pela sobrevivência na natureza inóspita do nordeste americano.

46º: O pintassilgo, de Donna Tartt (trad.: Sara Grünhagen)

O pintassilgo é uma hipnotizante história de perda, obsessão e sobrevivência, um triunfo da prosa contemporânea que explora com rara sensibilidade as cruéis maquinações do destino.

43º: Pós-guerra*, de Tony Judt (trad.: José Roberto O’Shea)

*livro disponível apenas em e-book

Ao longo de novecentas páginas, o autor vai de Portugal à Rússia, abrangendo 34 países e cobrindo um período de sessenta anos em uma só narrativa. Com uma abordagem inovadora, Judt trata praticamente todo o século XX como "o epílogo da Segunda Guerra" e considera o ano de 1989, marcado pelo colapso do comunismo e a queda do muro de Berlim, como o começo do fim do pós-guerra.

38º: Os detetives selvagens, de Roberto Bolaño (trad.: Eduardo Brandão)

Os personagens principais deste livro são os amigos Ulises Lima e Arturo Belano, dois poetas que decidem investigar o que teria acontecido com Cesárea Tinajero, uma misteriosa e desaparecida poeta da vanguarda mexicana. Mas embora a história gire em torno destes dois "detetives selvagens", o verdadeiro detetive do romance é o leitor.

36º: Entre o mundo e eu, de Ta-Nehisi Coates (trad.: Paulo Geiger)

Em um trabalho profundo que articula grandes questões da história com as preocupações mais íntimas de um pai por um filho, Entre o mundo e eu apresenta uma nova e poderosa forma de compreender o racismo. Um livro universal sobre como a mácula da escravidão ainda está presente nas sociedades em diferentes roupagens e modos de segregação.

31º: Dentes brancos*, de Zadie Smith

*Livro fora de catálogo no momento. Retornará em breve!

O romance narra a história de dois amigos que se conheceram durante a Segunda Guerra Mundial - o inglês branco Archie Jones e o bengali Samad Iqbal. O final da guerra os separa, mas eles vão se encontrar em Londres 30 anos depois, onde moram com suas respectivas esposas e filhos. Em comum, os pais têm a dificuldade em lidar com os filhos, que adentram a idade adulta nos conturbados anos 90. Os pais não sabem o que fazer da nova geração. E a nova geração não sabe o que fazer com a própria vida.

28º: Atlas de nuvens, de David Mitchell (trad.: Paulo Henriques Britto)

Neste livro, David Mitchell combina o gosto pela aventura, o amor pelo quebra-cabeça nabokoviano e o talento para a especulação filosófica e científica na linha de Umberto Eco, Haruki Murakami e Philip K. Dick. Conduzindo o leitor por seis histórias que se conectam no tempo e no espaço – do século XIX no Pacífico ao futuro pós-apocalíptico e tribal no Havaí –, Mitchell criou um jogo de bonecas russas que explora com maestria questões fundamentais de realidade e identidade.

27º: Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie (trad.: Julia Romeu)

Uma das mais importantes autoras nigerianas do século XXI, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor arrebatadora para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero.

26º: Reparação, de Ian McEwan (trad.: Paulo Henriques Britto)

Por não entender o mundo adulto da paixão e da sexualidade, Briony Tallis, uma menina inocente que sonha ser escritora, acusa injustamente seu irmão de criação. Drama psicológico que tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial e as tensões de classe da sociedade britânica.

18º: Lincoln no limbo*, de George Saunders (trad.: Jorio Dauster)

*livro disponível apenas em e-book

Em 1862, em meio à Guerra Civil Americana, morre, aos onze anos de idade, Willie Lincoln, filho do lendário presidente Abraham Lincoln. A tragédia leva a um luto desesperado o homem que daria fim à escravidão nos Estados Unidos.

13º: A estrada*, de Cormac McCarthy (trad.: Adriana Lisboa)

*livro disponível apenas em e-book

Num futuro não muito distante, o planeta encontra-se totalmente devastado. As cidades foram transformadas em ruínas e pó, as florestas se transformaram em cinzas, os céus ficaram turvos com a fuligem e os mares se tornaram estéreis. Os poucos sobreviventes vagam em bandos. Um homem e seu filho não possuem praticamente nada. Apenas uns cobertores puídos, um carrinho de compras com poucos alimentos e um revólver com algumas balas, para se defender de grupos de assassinos.

9º: Não me abandone jamais, de Kazuo Ishiguro (trad.: Beth Vieira)

Kathy, Tommy e Ruth são clones criados para doar órgãos. Tendo esse cenário de ficção científica por pano de fundo, e o triângulo amoroso como gancho, o ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 2017 fala de perda, de solidão e da sensação que às vezes temos de já ser “tarde demais”.

8º: Austerlitz*, de W. G. Sebald (trad.: José Marcos Mariani de Macedo)

*livro disponível apenas em e-book

Obra-prima de W. G. Sebald e um dos grandes romances deste século, Austerlitz é a crônica de um homem em busca de sua biografia. Vagando pela Europa ao sabor do horário dos trens e da erudição acadêmica, o professor Jacques Austerlitz mal suspeita que está a ponto de encontrar seus próprios passos perdidos em outro país e em outra época.

6º: 2666, de Roberto Bolaño (trad.: Eduardo Brandão)

Fiel aos dois principais temas que atravessam toda a obra do autor chileno - violência e literatura -, o livro é composto de cinco romances, interligados por dois dramas centrais: a busca por um autor recluso e uma série de assassinatos na fronteira México-Estados Unidos.

5º: As correções*, de Jonathan Franzen 

*livro disponível apenas em e-book

Uma saga contemporânea tragicômica, que vai de Nova York à Lituânia, e expõe dramas pessoais, crises conjugais e os conflitos que separam duas gerações de uma típica família dos Estados Unidos nos anos 1990.

Você pode conferir a lista original e completa do New York Times aqui.

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