As raposas são caçadoras ágeis, de passos leves. Astutas e observadoras. Perspicazes e silenciosas. E, de vez em quando, até meio malandras… São animais presentes no imaginário de crianças e adultos, sendo consideradas até criaturas meio místicas, símbolos de sabedoria, dinamismo e vivacidade.
Na literatura infantil, ora aparecem nas histórias como criaturas perigosas e pouco confiáveis. Ora como animais aventureiros, balançando sua característica cauda por bosques e florestas. Veja livros em que as raposas deixam suas pegadas:
Uma raposa - Um livro de contar (e de suspense!), (Companhia das Letrinhas, 2022) de Kate Read
Prenda a respiração: há uma raposa esfomeada à solta, com dois olhos atentos perseguindo três galinhas gorduchas. Sim, é um livro de contar, mas não apenas um livro de contar. De número em número, o suspense vai ganhando espaço na narrativa e fazendo os pequenos leitores prenderem a respiração.
Lanche noturno (Companhia das Letrinhas, 2024), de Eric Fan com ilustrações de Dena Seiferling
No meio da noite, pelas ruas escuras, a carroça se acerca, emanando cheiro de café quentinho. E os animais se aproximam, cheios de apetite. É hora do lanche! O urso, o texugo, o guaxinim, a raposa… todos esperam sua vez enquanto, lá dentro, a coruja vai preparando os pedidos. Tem pães e doces, torta e pudim. Do lado de fora, um ratinho varre a rua, sem ganhar nem uma moedinha. Mas pode esperar: a noite será feliz para ele.
A raposa vai de carro (Companhia das Letrinhas, 2022), de Susanne Strasser
A protagonista deste divertido conto é uma raposa que nem dá trela para todo mundo que vai, aos poucos, pegando carona com ela: o ratinho, a toupeira, a cobra… Com repetições e onomatopeias, vamos acompanhando o percurso cheio de curvas, subidas, descidas até que…. bom, um susto no final!
Muito cansado e bem acordado (Companhia das Letrinhas, 2017), de Susanne Strasser
Outro livro de Susanne Strasser em que a raposa faz parte do elenco é este clássico para embalar a hora de dormir. De um em um, os bichos vão acordando… e a cama vai ficando cada vez mais vazia. Mas, para onde será que todos eles estão indo? Só lendo para descobrir.
O Pequeno Príncipe (Companhia das Letrinhas, 2015), de Antoine de Saint-Exupéry
"Eu sou uma raposa", disse a raposa.
- "Venha brincar comigo", propôs o Pequeno Príncipe. "Eu estou tão triste."
O encontro do principezinho com a raposa é uma das passagens marcantes deste clássico, que é hoje o segundo livro mais vendido do mundo. Esta edição especial, de capa dura, traz também detalhes e curiosidades da vida do autor e da história, além de fotos inéditas.
Selvagem (Pequena Zahar, 2015), de Emily Hughes
Se os corvos a ensinaram a falar e os ursos, a comer, as raposas ensinaram a pequena selvagem a… brincar! Esta é a história de uma garotinha que foi parar na selva - ainda que ninguém saiba como isso aconteceu. Os animais cuidaram dela e a ensinaram tudo. Mas um dia, uns bichos estranhos aparecem - uns bichos do tipo humano - e levam a pequena embora. Mas não será fácil lidar com uma criatura assim selvagem.
O Grúfalo (Brinque-Book, 1999), de Julia Donaldson com ilustrações de Axel Scheffler
A raposa - assim como a coruja e a cobra - achou que ia fazer do ratinho uma saborosa refeição. Mas ela não contava com a esperteza do pequenino. E nem com a presença do Grúfalo, com suas presas incríveis, garras terríveis e dentes horríveis. Um clássico que se tornou também uma das histórias mais queridas dos últimos tempos.
O filho do Grúfalo (Brinque-Book, 2006), de Julia Donaldson com ilustrações de Axel Scheffler
O esperto ratinho, que fez o Grúfalo sair correndo assustado, ganhou fama de mau. E dessa vez, é o filho dele quem duvida que uma criatura tão terrível, devoradora de Grúfalos, possa mesmo existir. Então, uma noite, enquanto seu pai dormia, o pequeno Grúfalo saiu pela floresta sozinho, para descobrir por si mesmo se esse tal de ratinho mau existia de verdade…
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