É carnaval: veja livros para botar o bloco na rua

18/02/2025

Nos embalos do carnaval, a literatura pode tanto trazer inspiração para escolher a fantasia quanto ajudar a resgatar um pouco dos grandes personagens por trás da festa. Selecionamos livros que vão divertir foliões de diferentes gostos e que têm em comum essa liberdade que inspira o maior espetáculo da terra. Confira:

 

Para inspirar a fantasia


O baiacu que adorava fantasias (Brinque-Book, 2024), de Banda Fera Neném com ilustrações de Rômolo D'Hipólito

Ilustração de 'O baiacua que adorava fantasias'

Era uma vez um baiacu que adorava se fantasiar - e nem esperava o carnaval para isso. Com lantejoulas, fitas, tules e brilhos de todos os tipos, ele se transformava em outros. Podia ser tucunaré, pirarucu… e até sereia! Fantasiado, o baiacu ficava todo feliz - os bichos ao redor dele é que ficavam incomodados. Podia aquilo? Como podia um baiacu ser assim tão livre? Só que cada vez que eles importunavam o baiacu, ele não conseguia conter os nervos, ficava bravo e sua fantasia se rasgava toda… Um livro inspirado em uma canção que fala da beleza de buscarmos nossa própria alegria - independente do que dizem os outros. 


Puxa! Puxa! (Companhia das Letrinhas, 2024), de Tino Freitas e Léo Cunha, com ilustrações de Weberson Santiago

Ilustração de 'Puxa! Puxa!'

Neste livro-brincadeira, a cada página vemos novos personagens se juntarem a um divertido cabo de guerra. Ou melhor: crianças vestidas de personagens. Tem bruxa, tem Rapunzel, tem Lobo Mau, tem Chapeuzinho Vermelho. De cada lado, vão chegando novas inspirações de trajes. Qual vai ser o seu?


Princesa Kevin (Companhia das Letrinhas, 2020), de Michaël Escoffier com ilustrações de Roland Garrigue

Ilustração de 'Pirncesa Kevin'

O menino Kevin pegou emprestado um vestido e um pouco de maquiagem para se vestir de princesa. Só que nenhum menino vestido de cavaleiro queria ser seu par - por que será? Se a gente se fantasia é porque quer ser outra pessoa. Senão… para que se fantasiar? Será que os meninos tinham medo de se tornar princesa também? Uma narrativa sensível sobre liberdade, imaginação e gênero.

 

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Para conhecer personalidades que marcaram a festa


Dona Ivone Lara e o sonho de sambar e cantar (Companhia das Letrinhas, 2024), de Jacques Fux com ilustrações de Flávia Borges

 

Ilustração de 'Dona Ivone Lara e o sonho de sambar e cantar'

A biografia da grande dama do samba brasileiro é contada com  humor, acompanhando a própria evolução desse gênero musical no Brasil. Dona Ivone Lara (1921-2018) não só foi a primeira mulher a assinar um samba-enredo no país, como também é a autora de Sonho Meu, um dos hinos obrigatórios em qualquer carnaval que se preze. Além do timbre inconfundível que marcou suas canções, Dona Ivone Lara foi uma pioneira: mulher, negra, pobre, ela desafiou preconceitos de muitos tipos para conquistar seu lugar na roda de samba - e abrir espaço para que tantas outras, mais tarde, pudessem participar do batuque. E não foi apenas na música que ela brilhou. Dona Ivone trabalhou por três décadas na área da saúde, atuando ao lado de outra grande mulher: Nise da Silveira. Enfermeira e terapeuta ocupacional, ela foi uma das pioneiras da luta antimanicomial no Brasil e uma das primeiras a trabalhar com musicoterapia.


Carmen: a grande Pequena Notável (Pequena Zahar, 2020), de Heloisa Seixas e Julia Romeu

Ilustração de 'Carmen: a grande Pequena Notável'

Carmen Miranda(1909-1955)  é muito mais do que uma inspiração de fantasia por ter se tornado um personagem icônico com seu turbante de frutas tropicais na cabeça. Ela se tornou a voz e a cara do Brasil no exterior (apesar de ser portuguesa de nascimento), fez sucesso na rádio e no cinema, imortalizando canções que embalam o bloco até hoje, como Pra Você Gostar de Mim, conhecida como Taí. Com belas ilustrações inspiradas nas décadas de 1930 e 1940, esta obra resgata sua carreira meteórica.

 

Meu nome é Raquel Trindade, mas pode me chamar de Rainha Kambinda (Pequena Zahar, 2023), de Sonia Rosa com Bárbara Quintino

Ilustração de 'Meu nome é Raquel Trindade'

Um dos grandes nomes da preservação da cultura negra no Brasil, Raquel Trindade (1936-2018) teve um papel fundamental na fundação do Maracatu Nação, em Pernambuco, também conhecido como Maracatu de Baque Virado. Foi lá que se tornou conhecida como Rainha Kambinda. Raquel foi também pintora, dançarina, coreógrafa, mas principalmente conhecedora da história e da cultura afro-brasileira.


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