Mario Vargas Llosa reconstrói, de forma brilhante, a controversa jornada de um homem que denunciou a barbárie da colonização e se voltou contra seus próprios governantes.
Mario Vargas Llosa reconstrói, de forma brilhante, a controversa jornada de um homem que denunciou a barbárie da colonização e se voltou contra seus próprios governantes.
Em O sonho do celta, Mario Vargas Llosa volta à forma do romance histórico para narrar a saga de Roger Casement, um personagem complexo, muitas vezes controverso. Irlandês a serviço do Império Britânico, Casement conheceu a violência da colonização na África e na América do Sul no começo do século XX. Ao denunciar os abusos e os maus-tratos contra colonos, passou a valorizar a liberdade acima de tudo. E, em nome da liberdade, voltou-se contra seu próprio governo. Em 1916, encarcerado em um presídio de segurança máxima em Londres, Roger é acusado pelo governo inglês de alta traição e aguarda sua sentença. Apenas cinco anos antes, havia sido nomeado Cavalheiro. Agora, abandonado por quase todos os amigos, difamado pela opinião pública, corre o risco de ser executado. Vargas Llosa recria a jornada de Casement - das atrocidades no Congo Belga, passando pela exploração da borracha na Amazônia, até a luta pela independência da Irlanda - e compõe um livro magistral sobre coragem e superação.