Nestes ensaios, Sontag realiza profunda investigação dos significados atribuídos a doenças centrais do mundo moderno, em especial o câncer e a AIDS, ajudando a demolir as interpretações apocalípticas e a dissipar a névoa irracionalista que dificulta a compreensão dessas doenças.
Nestes ensaios, Sontag realiza profunda investigação dos significados atribuídos a doenças centrais do mundo moderno, em especial o câncer e a AIDS, ajudando a demolir as interpretações apocalípticas e a dissipar a névoa irracionalista que dificulta a compreensão dessas doenças.
Diagnosticada nos anos 70 como portadora de câncer, Susan Sontag, uma das intelectuais mais influentes e polêmicas de nossa época, mergulhou no estudo da doença para compreender suas metáforas em nossa cultura. O resultado dessa reflexão é o célebre ensaio Doença como metáfora, de 1978. Uma década depois, quando o mundo assistia perplexo e desorientado ao crescimento de uma doença fatal ainda pouco compreendida - a AIDS -, as metáforas associadas à síndrome levaram Sontag a atualizar e aprofundar sua reflexão sobre o imaginário em torno das doenças. Assim nasceu, em 1988, o igualmente clássico ensaio Aids e suas metáforas. Nos dois textos, que podem ser vistos como um único estudo dividido em duas partes, o objetivo é dissipar a névoa de irracionalismo pré-científico que cerca a compreensão dessas doenças e libertar suas vítimas do peso de uma injustificável culpa.