No presente volume dos Diários de Susan Sontag, a futura autora de enorme prestígio internacional detalha seus pensamentos, seu impressionante volume de leituras, seus movimentos no dia a dia e as relações que a levariam a repensar em profundidade suas noções de sexo, amor e parentesco, tudo isso antes dos trinta anos.
No presente volume dos Diários de Susan Sontag, a futura autora de enorme prestígio internacional detalha seus pensamentos, seu impressionante volume de leituras, seus movimentos no dia a dia e as relações que a levariam a repensar em profundidade suas noções de sexo, amor e parentesco, tudo isso antes dos trinta anos.
"Quem inventou o casamento era um torturador astuto. É uma instituição destinada a embotar os sentimentos." Reflexões agudas como essa, entre a amargura e a ironia, fazem parte da matéria-prima destes Diários, espécie de buraco da fechadura privilegiado por onde se enxerga a intimidade mental e existencial dos anos de juventude de uma das intelectuais mais influentes da América do pós-guerra.
Selecionados por seu filho David Rieff depois de sua morte, os trechos ora publicados exibem um foco temático irrequieto que se desloca num caleidoscópio de assuntos da esfera pessoal e cultural. A par do seu vasto itinerário de leituras e experiências de fruição artística, presenciamos aqui, em registro confessional, a descoberta adolescente da sexualidade, as vivências como caloura precoce na Universidade da Califórnia, onde ingressou aos dezesseis anos, o breve casamento aos dezoito com seu professor Philip Rieff e as duas grandes relações amorosas mantidas com mulheres na sua fase de jovem adulta. Os Diários nos transportam, enfim, para o denso e rico mundo mental de uma jovem Susan Sontag em plena batalha diária para se tornar Susan Sontag.