Uma lição de resistência, solidariedade e amor à vida que um grupo de presas políticas foi capaz de produzir em reação à violência da ditadura.
Uma lição de resistência, solidariedade e amor à vida que um grupo de presas políticas foi capaz de produzir em reação à violência da ditadura.
A partir de 1969, uma torre centenária -- encravada no Presídio Tiradentes -- foi o destino de dezenas de mulheres enclausuradas por motivação política durante a ditadura militar no Brasil.
Em A Torre, a jornalista Luiza Villaméa apresenta um panorama de quem eram essas presas políticas e de como sobreviveram às terríveis condições que lhes foram impostas, mostrando como elas se organizavam no dia a dia, como se relacionavam entre si, com agentes da repressão e com pessoas do lado de fora -- além de expor uma rotina que se contrapunha firmemente à brutalidade da situação.
Numa prosa sensível à inteligência e à singularidade de cada uma das presas, a autora reconstitui o esforço dessas mulheres para criar um ambiente solidário e criativo que resistia, em tudo, à violência a que foram submetidas por um regime autoritário, composto basicamente por homens.