Thomas Mistler é culto, bem-sucedido, requintado. Ao descobrir que está gravemente doente, encara a notícia como uma possibilidade de libertação. E vai a Veneza, onde passa a refletir, com desencanto e um toque de humor, sobre a sua vida. Louis Begley narra a história de um homem que se despede do seu tempo.
Thomas Mistler é culto, bem-sucedido, requintado. Ao descobrir que está gravemente doente, encara a notícia como uma possibilidade de libertação. E vai a Veneza, onde passa a refletir, com desencanto e um toque de humor, sobre a sua vida. Louis Begley narra a história de um homem que se despede do seu tempo.
Thomas Mistler, dono de uma bem-sucedida agência de publicidade, culto e requintado, é um genuíno self-made man; seus êxitos são em grande parte "independentes da circunstância, em si bastante agradável, de ter nascido [...] com uma colher de prata firmemente enfiada em sua boca". Surpreendido pela revelação de que está gravemente doente, encara a notícia como uma possibilidade de libertação: "Iria a Veneza. Era o único lugar no mundo onde nada o irritava".Ali, cercado da arte que o emociona, Mistler reflete, com um certo desencanto e um toque de humor, sobre sua história: a herança conservadora, os negócios, as relações amorosas (duradouras ou fortuitas) a que não se entrega - a esposa, com quem se entedia; a fotógrafa ousada, de quem se serve e que se serve dele; a mulher reencontrada, que ele desejou tanto e que nunca o amou. Com uma escrita sempre elegante, entre perspicaz e terna, Louis Begley nos faz acompanhar a história de um homem que se despede do seu tempo.