Um médico e uma enfermeira mantêm um caso de amor durante dezoito anos; nesse período, seguindo as leis chinesas, não puderam se tocar. O medo da solidão, as armadilhas da honestidade e a força da internalização das normas sociais são alguns dos temas explorados por Ha Jin, que obteve com este romance o National Book Award.
Um médico e uma enfermeira mantêm um caso de amor durante dezoito anos; nesse período, seguindo as leis chinesas, não puderam se tocar. O medo da solidão, as armadilhas da honestidade e a força da internalização das normas sociais são alguns dos temas explorados por Ha Jin, que obteve com este romance o National Book Award.
Lin Kong é um médico na China da década de 1960. Todo ano ele volta à aldeia de Ganso para tentar se divorciar da mulher, Shuyu, e assim ficar disponível para se casar com Manna Wu, jovem enfermeira do hospital onde trabalha. Durante dezoito anos, Lin Kong tenta em vão: na última hora, sua mulher sempre desiste de lhe conceder a separação. Durante dezoito anos, ele e Manna Wu mantêm um relacionamento sem contato corporal - e é durante essa espera que transcorre a maior parte do romance. Leal ao extremo, feia, pés atados, Shuyu - com quem o médico se casou por arranjo entre famílias - encarna a China rural, arcaica; arrasta consigo um tipo de vida tacanha de que Lin Kong quer se livrar. Manna Wu, por sua vez, representa a China urbana e a possibilidade (que ele julgava descartada) de conhecer o amor.O medo da solidão, as armadilhas da honestidade, a fragilidade dos vínculos familiares, a força da internalização das normas sociais e a inexistência de privacidade numa sociedade vigiada são temas explorados com rara sensibilidade por Ha Jin - um chinês que, escrevendo em inglês, obteve uma das honrarias literárias mais prestigiosas dos Estados Unidos: o National Book Award.