A subjetividade é um porto de não é fácil se desprender, mesmo para aqueles que se lançam à descoberta de novas paragens - tais como Macau, lugar ao mesmo tempo estrangeiro e familiar. O trabalho poético de Paulo Henriques Britto, indissociável do ritmo diário, obedece menos à inspiração, mais à oficina e ao suor. Essa necessidade orgânica do ato criativo denota um impulso de, por meio da subjetividade, arranhar a opacidade das coisas, atendendo ao incômodo - mas inescapável - impulso de endereçar ao mundo uma carta íntima.