O crítico palestino Edward Said e o pianista judeu Daniel Barenboim registraram conversas sobre música, arte e política, evidenciando tanto os paralelos como os paradoxos de suas vidas. O resultado é um diálogo inteligente acerca de temas como o conflito no Oriente Médio, tolerância religiosa, literatura, Richard Wagner, Ludwig Van Beethoven e Theodor W. Adorno.
O crítico palestino Edward Said e o pianista judeu Daniel Barenboim registraram conversas sobre música, arte e política, evidenciando tanto os paralelos como os paradoxos de suas vidas. O resultado é um diálogo inteligente acerca de temas como o conflito no Oriente Médio, tolerância religiosa, literatura, Richard Wagner, Ludwig Van Beethoven e Theodor W. Adorno.
Um intelectual palestino e um músico judeu. O encontro poderia ser marcado por atritos e desavenças, mas no caso de Edward Said e Daniel Barenboim resultou em amizade profunda.
Said e Barenboim se conheceram num hotel de Londres, no início dos anos 90. Desde então, tornaram-se amigos próximos e mantiveram conversas, públicas e particulares, sobre questões ligadas à cultura e à política. Paralelos e paradoxos é o registro desse diálogo.
O principal ponto de convergência entre os dois é a crença de que a música pode ter importante papel na união de povos com posições políticas conflitantes. Exemplo prático disso foi a parceria dos dois amigos na fundação da primeira orquestra árabe-israelense, em Weimar, em 1999.
As conversas transitam também por assuntos como literatura, o conflito no Oriente Médio, músicos e pensadores como Wagner, Beethoven e Adorno. Destaca-se no livro a idéia de que a arte permite um diálogo rico entre o próprio e o alheio, o nacional e o estrangeiro, o conhecido e o desconhecido.