A premiada autora de livros policiais se propõe a desvendar um dos maiores mistérios do mundo do crime: a identidade de Jack, o Estripador. Com técnicas modernas de investigação, Cornwell analisa os crimes, reconstrói o ambiente em que viviam as prostitutas londrinas mortas pelo serial killer e conclui que Jack era o pintor inglês Walter Sickert.
A premiada autora de livros policiais se propõe a desvendar um dos maiores mistérios do mundo do crime: a identidade de Jack, o Estripador. Com técnicas modernas de investigação, Cornwell analisa os crimes, reconstrói o ambiente em que viviam as prostitutas londrinas mortas pelo serial killer e conclui que Jack era o pintor inglês Walter Sickert.
Criadora da famosa personagem Kay Scarpetta, a médica legista que protagoniza a maior parte dos seus livros, Patricia Cornwell deixa de lado a ficção para, ela mesma, assumir o comando de uma intrincada trama policial. Retrato de um assassino narra as investigações que a escritora fez para descobrir a identidade de Jack, o Estripador, que no final do século XIX aterrorizou a cidade de Londres com uma série de bárbaros assassinatos cometidos contra prostitutas. Além de nunca ter sido preso, a polícia não conseguiu descobrir até hoje seu verdadeiro nome.
Patricia Cornwell recorreu ao trabalho de especialistas em diversas áreas e vasculhou documentos disponíveis sobre pessoas que viveram na época. Acabou concluindo que, por trás de Jack, o Estripador, estava o renomado pintor inglês Walter Sickert (1860-1942).
O trabalho de reunir provas da autoria das mortes enfrentou dificuldades, não apenas por conta do tempo transcorrido desde que aconteceram os crimes, mas também porque, depois de morto, Jack foi cremado, impossibilitando a realização de testes de DNA.
Mesmo assim, foram feitos testes a partir de resquícios de material genético encontrados em selos de cartas enviadas tanto por Jack como por Sickert. Os resultados mostram seqüências de DNA semelhantes, o que permite afirmar, com muita probabilidade, que pertenciam à mesma pessoa.
Cornwell também encontrou coincidências marcantes entre os perfis psicológicos do criminoso e do pintor. A conclusão da escritora é, sem dúvida, controversa e ainda passível de verificação, mas se baseia em evidências que poderiam justificar a reabertura do caso. Como diz, de forma contundente, um dos especialistas citados pela autora, ignorar tanta coincidência "não passa de pura burrice".