Em nova tradução, Nexus (1959) reafirma a originalidade, a coragem e a franqueza de Henry Miller ao abordar questões que continuam a definir o perfil do escritor moderno e da literatura de nossos dias.
Em nova tradução, Nexus (1959) reafirma a originalidade, a coragem e a franqueza de Henry Miller ao abordar questões que continuam a definir o perfil do escritor moderno e da literatura de nossos dias.
Publicada entre 1949 e 1960, a trilogia da Crucificação Rosada é uma ficção bastante autobiográfica. Ambientados nos anos 1920 - os últimos da vivência americana de Miller, antes de sua partida para a Europa -, Sexus, Plexus e Nexus focalizam a organização da vida do protagonista/autor em torno de relações eróticas e seu intenso debate interno sobre a criação artística. Nexus, o terceiro dos três volumes, organiza esse acúmulo de experiências, sentimentos e idéias. Aqui ganham clareza tendências e noções "alternativas" que se espalhariam pelo mundo a partir do final da década de 60: o interesse pela arte e pela filosofia oriental; o desprezo pelas convenções pequeno-burguesas; as tentativas de síntese metafísica reunindo o radicalismo de Nietzsche, a concepção da história de Spencer, as experimentações narrativas e os impasses religiosos de Dostoiévski, que o autor aponta como suas principais influências.
Mesmo circulando de maneira clandestina, a obra de Henry Miller chamou a atenção de contemporâneos como Ezra Pound e T. S. Eliot. Nos anos 60, com os livros liberados nos Estados Unidos, Miller foi definitivamente consagrado como um dos maiores prosadores de língua inglesa.