Publicado pela primeira vez em 1970, nos Estados Unidos, Desesperados foi redescoberto pela crítica e relançado num avassalador revival. É considerado um dos marcos da literatura americana do pós-guerra, comparável a Philip Roth, John Updike e Saul Bellow.
Publicado pela primeira vez em 1970, nos Estados Unidos, Desesperados foi redescoberto pela crítica e relançado num avassalador revival. É considerado um dos marcos da literatura americana do pós-guerra, comparável a Philip Roth, John Updike e Saul Bellow.
A vida do casal Otto e Sophie Bentwood está desmoronando, mas eles não parecem se dar conta disso - até que um gato morde a mão de Sophie, deslanchando um processo de pânico crescente que reverbera no gélido vazio de sua existência. Típicas figuras de classe-média do final dos anos 60, Otto e Sophie já estão velhos demais para participar do ambiente de rebelião social que os cerca, mas jovens o suficiente para não deixar de se sentir afetados por ele.
Otto é um advogado que vive o desgastante processo de separação de seu antigo sócio e amigo e parece não se interessar muito por nada além disso. Mas é Sophie, uma ex-tradutora do francês sem rumo profissional ou afetivo, quem está no centro de Desesperados. Ela cumpre suas amenas rotinas de fim de semana convivendo com um inchaço doloroso na mão e o medo de ter contraído raiva do gato mordedor.
O espectro da agonia e da morte contamina a banalidade de um mundinho de conforto cercado pela agressividade do mundo externo. Ódios e ressentimentos anônimos explodem a toda hora no trajeto dos elegantes, inteligentes e amargos personagens.
"Indiscutivelmente um grande livro, rigorosamente estruturado e brilhante a cada linha."
- Jonathan Franzen