Com humor e descontração, mas sem descuidar do rigor da pesquisa histórica, Bill Bryson passa a limpo as inúmeras teorias e especulações em torno de William Shakespeare e traça uma verdadeira história do cotidiano da Inglaterra nos séculos XVI e XVII, ajudando a aproximar do leitor um dos maiores gênios que a humanidade já produziu.
Com humor e descontração, mas sem descuidar do rigor da pesquisa histórica, Bill Bryson passa a limpo as inúmeras teorias e especulações em torno de William Shakespeare e traça uma verdadeira história do cotidiano da Inglaterra nos séculos XVI e XVII, ajudando a aproximar do leitor um dos maiores gênios que a humanidade já produziu.
William Shakespeare (1564-1616) foi, sem margem para discussão, o mais importante escritor de língua inglesa de todos os tempos. A seu respeito são publicados a cada ano centenas de estudos pelo mundo afora. No entanto, quase nada se sabe acerca de sua vida.
As imagens de seu rosto que nos habituamos a reconhecer, por exemplo, ou foram feitas por artistas que não o conheceram ou simplesmente são retratos de outra pessoa. E sua própria assinatura aparece grafada de maneiras diferentes nos seis documentos sobreviventes firmados de próprio punho pelo escritor.
É em torno desse paradoxo que se desenvolve este pequeno e robusto livro. Ao longo dos últimos quatro séculos, com base nos escassos dados biográficos do bardo de Stratford-upon-Avon, leitores, críticos e estudiosos construíram seus diferentes Shakespeares.
Algumas teorias são extravagantes ao extremo. Para uns, a obra shakespeariana teria sido escrita pelo filósofo Francis Bacon; para outros, por um grupo de sábios; para outros ainda, por uma mulher. Boa parte deste volume se dedica a refutar uma a uma essas fantasias, limpando o terreno para que possamos começar a conhecer, ou pelo menos a intuir, quem foi de fato esse escritor tão extraordinário.
Servindo-se de uma extensa e rigorosa pesquisa de documentos primários e estudos sobre Shakespeare, além de uma leitura arguta de sua própria obra poética e teatral, o autor empreende uma verdadeira história do cotidiano da Inglaterra na época do bardo, sobretudo na conturbada Londres elizabetana e jacobina, onde ele brilhou como ator e dramaturgo durante pouco mais de vinte anos.
O resultado desse empenho é um relato caloroso e cheio de humor que não dissipa - nem pretende fazê-lo - as espessas brumas que envolvem a figura de Shakespeare, mas transmite ao leitor de hoje a dimensão humana de um dos maiores gênios que a literatura já produziu.