Gaarder volta a dramatizar a filosofia, desta vez virando do avesso a doutrina de santo Agostinho - vivíssima até hoje na moral cristã - numa hipotética réplica a suas Confissões.
Gaarder volta a dramatizar a filosofia, desta vez virando do avesso a doutrina de santo Agostinho - vivíssima até hoje na moral cristã - numa hipotética réplica a suas Confissões.
Flória Emília amou profundamente Aurel, entregando-se a ele e aos prazeres sensuais em que ele era mestre. Foi sua companheira fiel nas horas difíceis e dele gerou um filho. Doze anos coabitou com ele, embora pertencesse a uma casta inferior e, por isso, fosse malvista pela família de Aurel, sobretudo por sua santa e piedosa mãe. Então, foi abandonada, expulsa de repente, sem nem poder dizer adeus ao amado filho, que nunca mais veria. Mesmo assim, jurou fidelidade eterna a Aurel, a ele que se tornaria exemplo cristão, bispo de Hipona, Padre da Igreja católica e por fim santo - Santo Agostinho. E agora, Flória Emília escreve-lhe esta carta ...