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A ARTE E A MANEIRA DE ABORDAR SEU CHEFE PARA PEDIR UM AUMENTO

Georges Perec
Tradução: Bernardo Carvalho

R$ 59,90

R$ 47,92

/ À vista

Apresentação

Um homem vai pedir um aumento. Hesita. A partir dessa expectativa mínima a que foi reduzido o desejo no mundo assalariado das sociedades industriais, Georges Perec, autor de A vida modo de usar, imagina um manual cômico de "antiajuda".

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Ficha Técnica

Título original: L' art et la maniere d' aborder son chef de service pour lui demander une augmentation Páginas: 88 Formato: 12.00 X 19.50 cm Peso: 0.118 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 15/03/2010
ISBN: 978-85-3591-603-4 Selo: Companhia das Letras Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Um homem vai pedir um aumento. Hesita. A partir dessa expectativa mínima a que foi reduzido o desejo no mundo assalariado das sociedades industriais, Georges Perec, autor de A vida modo de usar, imagina um manual cômico de "antiajuda".

Só um homem que nunca comprou uma televisão e não sabe dirigir, como parece ter sido o caso de Georges Perec, pode conceber um estado progressivo de exasperação diante da vida prática como o que é relatado neste livro. Só um homem tão avesso ao chamado do consumo é capaz de provocar o riso do leitor diante de uma das situações ao mesmo tempo mais corriqueiras e constrangedoras da vida cotidiana nas sociedades que seguem à risca a cartilha do mercado. A arte e a maneira de abordar seu chefe para pedir um aumento é exatamente isso: uma bula às avessas. Um livro de antiajuda, que ensina a rir de si mesmo, nem que seja só para contrariar uma das principais tendências do mercado editorial num mundo reduzido a fórmulas matemáticas.
Inspirado num organograma empresarial, Perec imaginou um jogo obsessivo de possibilidades cujo objetivo aparente seria evitar o pior - que por isso mesmo sempre acontece, a cada nova tentativa frustrada do protagonista, concebida como projeção exemplar e preventiva. À maneira de um manual antecipatório, o texto revela o ridículo das ações e das expectativas mais prosaicas do mundo do trabalho, por meio de sua repetição esquemática até o esgotamento. O leitor é o protagonista desse jogo combinatório de probabilidades, que leva a obsessão pelas projeções matemáticas às raias do ridículo. Ao contrário dos manuais que ensinam a vencer na vida e fazer amigos num mundo onde mercado e realidade são sinônimos, este pequeno livro póstumo de um dos escritores mais inventivos do século XX mostra que não há regras nem limites para a imaginação literária.

Sobre o autor