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/ À vistaPublicados esparsamente em jornais e revistas, esses prólogos apontam para uma forma inovadora de exercício crítico e revelam as escolhas surpreendentes de Borges como leitor.
Publicados esparsamente em jornais e revistas, esses prólogos apontam para uma forma inovadora de exercício crítico e revelam as escolhas surpreendentes de Borges como leitor.
Em 1975, quando foram reunidos pela primeira vez os exercícios críticos que Borges vinha publicando desde a década de 1930 na imprensa de seu país, muito se revelou do pensamento do maior escritor argentino do século XX. De sua leitura depreende-se não só a impressionante erudição do autor, mas também sua curiosa variedade de leituras - dos poetas gauchescos argentinos a E. A. Poe, de Cervantes a Lewis Carroll, de Gibbon a Kafka.
Redefinido por ele como uma "espécie lateral da crítica", o prólogo (normalmente um texto simples de apresentação) funcionou para Borges como instrumento incisivo de penetração na obra literária, revelando a teia subjacente de relações entre um livro e sua cultura, um autor e seus pares. Para o leitor, esses pequenos ensaios apresentam mais que o livro-tema: revelam o crítico literário de linguagem lapidar e bom humor convidativo que foi Borges.
Somando-se aos 14 volumes da coleção Biblioteca Borges, que desde 2000 vem trazendo ao público as obras completas do autor, Prólogos, com um prólogo de prólogos convida o leitor a reviver o percurso de descobertas e surpresas trilhado pelo mestre argentino.