Em Ho-ba-la-lá, Marc Fischer narra os poucos dias que teve para realizar um sonho impossível: encontrar João Gilberto. O resultado é um relato de grande qualidade literária, com detalhes não tão conhecidos da trajetória de um dos maiores nomes da música do século XX.
Em Ho-ba-la-lá, Marc Fischer narra os poucos dias que teve para realizar um sonho impossível: encontrar João Gilberto. O resultado é um relato de grande qualidade literária, com detalhes não tão conhecidos da trajetória de um dos maiores nomes da música do século XX.
Quando Ho-ba-la-lá foi lançado na Alemanha, em 2011, toda a grande imprensa do país deu ampla divulgação a um livro que, a um brasileiro, pareceria a coisa mais supérflua ou descabida do mundo: um alemão escrevendo sobre João Gilberto e a Bossa Nova. Não é bem assim.
Jornalista e escritor, Fischer apaixonou-se por João Gilberto e pela Bossa Nova da maneira mais improvável: um amigo japonês mostrou-lhe a gravação de 1959 de "Ho-ba-la-lá". O resultado foi amor à primeira audição, lançando-o numa empreitada de difícil realização: ir ao Rio de Janeiro para tentar encontrar João Gilberto e, não bastasse isso, convencê-lo a tocar "Ho-ba-la-lá" num violãozinho centenário.
Em sua busca por João Gilberto, narrada à moda de uma história detetivesca, Marc Fischer entrevistou nomes importantes da MPB, como Roberto Menescal, João Donato e Marcos Valle, e conversou com a cantora Miúcha (ex-mulher de João), com a jornalista Claudia Faissol (com quem João tem uma filha) e até com o cozinheiro de um restaurante carioca que preparava um dos pratos preferidos do gênio da Bossa Nova.