Amostra significativa dos mais de trinta anos de coluna no jornal gaúcho Zero Hora, esta reunião de crônicas de Moacyr Scliar tem o sabor especial de revelar como surgem, no imaginário do escritor, os temas e esboços de seus contos e romances.
Amostra significativa dos mais de trinta anos de coluna no jornal gaúcho Zero Hora, esta reunião de crônicas de Moacyr Scliar tem o sabor especial de revelar como surgem, no imaginário do escritor, os temas e esboços de seus contos e romances.
A poesia das coisas simples reúne 82 crônicas escritas entre outubro de 1977 e novembro de 2010. A coletânea, organizada e prefaciada por Regina Zilberman, é formada por três grandes seções: "Leituras, livros, literatura", "Pessoas e personagens" e "Outras histórias". O leitor se encantará com um Scliar vivo e móvel, falando com a leveza característica da crônica para revelar, uma e outra vez, o prazer que retirava do manejo da palavra, tão típico de sua literatura.
Scliar discorre sobre as ideias evocadas por leituras e experiências, fala de pessoas queridas e admiradas, de fatos políticos e da crônica cotidiana. Aparecem - e passam, como num desfile - seus familiares e amigos, as lembranças da infância no bairro judeu do Bom Fim, em Porto Alegre, observações literárias, retratos de personalidades que admirava.
Cobrindo três décadas de história brasileira, os textos também comunicam, com elegância e firmeza, a resistência ao arbítrio e o decidido apoio do escritor à promoção da justiça social. Reunidas, essas crônicas são um retrato intelectual e humano de um escritor que ocupa um lugar enorme no cenário contemporâneo: um homem generoso e atento que escrevia histórias, para quem "o tema das histórias na verdade era pouco importante. O importante era o próprio ato de narrar".