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PENSADORES QUE INVENTARAM O BRASIL

Fernando Henrique Cardoso

R$ 69,90

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Apresentação

Nesta seleção de textos escritos entre a década de 1970 e a atualidade, FHC dialoga com a obra dos gigantes da inteligência nacional, autores que se dedicaram a explicar a "formação do Brasil" e tiveram impacto determinante no entendimento do país.

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Ficha Técnica

Título original: Pensadores que inventaram o Brasil Páginas: 336 Formato: 14.00 X 21.00 cm Peso: 0.413 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 14/06/2013
ISBN: 978-85-3592-287-5 Selo: Companhia das Letras Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Nesta seleção de textos escritos entre a década de 1970 e a atualidade, FHC dialoga com a obra dos gigantes da inteligência nacional, autores que se dedicaram a explicar a "formação do Brasil" e tiveram impacto determinante no entendimento do país.

Antes de assumir uma cadeira no Senado Federal, em 1983, e assim efetivamente iniciar uma trajetória política culminada por dois mandatos presidenciais consecutivos, o sociólogo e professor Fernando Henrique Cardoso militou no debate público sobretudo por meio de intervenções na imprensa escrita, que o tornaram conhecido fora do âmbito universitário. Já então considerado um dos mais brilhantes intelectuais de sua geração, formada na USP sob a égide do marxismo na década de 1950, o autor (com Enzo Faletto) do influente Dependência e desenvolvimento na América Latina (1969) publicou em 1978 uma série de textos na extinta revista Senhor Vogue, em que apresentava a vida e a obra de intérpretes-chave do Brasil, como Euclides da Cunha, Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre. Esses artigos, revistos e alterados pelo autor, formam um dos núcleos deste livro, devotado aos intelectuais brasileiros que forjaram a visão de FHC sobre o país, sua identidade e suas grandes questões.
Outros textos, mais recentes, são inéditos na forma em que são publicados agora. Entre estes estão ensaios sobre Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre e Raymundo Faoro. O último foi escrito especialmente para o volume; os outros dois serviram de base para conferências, respectivamente, na Academia Brasileira de Letras em março de 2010 e na Feira Literária Internacional de Paraty (Flip) em agosto do mesmo ano. Os demais capítulos compõem-se de introduções para a edição de livros de alguns autores, discursos ou homenagens prestadas que foram posteriormente enfeixados em livros.
Nos dezoito textos, FHC dialoga com seus mestres sobre os temas recorrentes que unificam o volume: o embate entre Estado e sociedade civil, o legado da colonização, as vicissitudes da democracia, os entraves ao desenvolvimento econômico, a promoção da justiça social. Mas além da fina análise dos textos, sempre feita com grande verve narrativa, o ex-presidente contextualiza obras e autores, muitas vezes tratando do impacto pessoal que os últimos lhe causaram. De fato, em alguns casos, se trata de afinidades não somente intelectuais: por circunstâncias geracionais e entrecruzamento de vida, FHC se beneficiou do contato direto com vários dos autores cujas obras comenta no livro. É o que ocorre com Florestan Fernandes, de quem foi aluno e assistente antes de serem colegas e vizinhos de rua, assim como com Antonio Candido, também professor e mais tarde colega. Ou ainda Celso Furtado, com quem dividiu uma casa em Santiago nos breves meses em que o grande economista trabalhou na Cepal depois do golpe de 1964, e Caio Prado, que a exemplo de Florestan e Sérgio Buarque fez parte da banca de doutorado do futuro presidente, e com ele conviveu no final dos anos 1950 e início da década seguinte, quando era o inspirador da Revista Brasiliense, com a qual FHC colaborava, sem falar nas desventuras de militância ao redor do Partidão.
Pensadores que inventaram o Brasil é assim leitura obrigatória para entender as visões que deram forma às tentativas clássicas de explicação do país, e um convite a refletir sobre a relevância dessas análises ante os desafios do futuro.

Sobre o autor