Inspirado num dos mais conhecidos mitos platônicos, A caverna é uma história de gente simples: um oleiro, um guarda, duas mulheres e um cão muito humano. Juntos, eles encontram a lucidez em um mundo onde os prisioneiros da modernidade, iludidos, confundem as sombras com o real.
Inspirado num dos mais conhecidos mitos platônicos, A caverna é uma história de gente simples: um oleiro, um guarda, duas mulheres e um cão muito humano. Juntos, eles encontram a lucidez em um mundo onde os prisioneiros da modernidade, iludidos, confundem as sombras com o real.
A caverna é uma história de gente simples: um oleiro, um guarda, duas mulheres e um cão muito humano. Esses personagens circulam pelo Centro, um gigantesco monumento do consumo onde os moradores usam crachá, são vigiados por câmeras de vídeo e não podem abrir as janelas de casa.
É no Centro que trabalha o guarda Marçal. Era para o Centro que seu sogro, o oleiro Cipriano, vendia a louça de barro que fabricava artesanalmente na aldeota em que vive - agora, os clientes do Centro preferem pratos e jarros de plástico. Sem outro ofício na vida, Cipriano perde a razão de viver. E a convite do genro, muda-se para o Centro, essa verdadeira gruta onde milhares de pessoas se divertem, comem e trabalham sem verem a luz do sol e da lua. Enquanto isso, embaixo dos diversos subsolos, os funcionários do Centro descobrem uma estranha caverna. Driblando a vigilância, Cipriano consegue entrar lá dentro. O que descobre é aterrador.
Nesta versão moderna do mito da caverna de Platão, José Saramago faz uma apresentação sutil da face cruel do mundo capitalista e tecnológico.
A caligrafia da capa é de autoria do professor e filósofo Eduardo Lourenço.