Pela primeira vez em tradução completa do japonês, Morte em pleno verão oferece um panorama das obsessões de Yukio Mishima: a degradação do Japão tradicional, a cultura do teatro Nô, o fascismo, o universo das geishas e, por fim, o questionamento de gênero e a transexualidade.
Pela primeira vez em tradução completa do japonês, Morte em pleno verão oferece um panorama das obsessões de Yukio Mishima: a degradação do Japão tradicional, a cultura do teatro Nô, o fascismo, o universo das geishas e, por fim, o questionamento de gênero e a transexualidade.
Enquanto uma mulher dorme, sua irmã e dois de seus filhos morrem afogados em um acidente trágico em um balneário. A culpa paralisante desta mulher e sua busca por reconstruir a vida são narradas em detalhes precisos, focando sempre nos seus sentimentos contraditórios e complexos. Este conto, que dá título ao livro e que abre Morte em pleno verão, demonstra como Yukio Mishima deve figurar no panteão de melhores escritores da história da literatura: avesso a simplificações maniqueístas, o autor japonês construiu sua obra a partir das zonas cinzentas da consciência humana.
Uma coletânea de contos poderosos, nos quais o conflito entre tradição e modernidade ocupa o primeiro plano: de um lado, cenários urbanos e geishas em crise; de outro, o budismo da Terra Pura e o teatro Nô. Suas histórias empregam diferentes estratégias narrativas, mas possuem em comum a dedicação à complexidade psicológica das personagens. Assim, Mishima toma o local e o específico para mergulhar no que há de mais intrigante naquilo que nos torna humanos.