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/ À vistaUm roteiro afetivo da história da psicanálise
Nesse livro, Elisabeth Roudinesco abandona sua abordagem acadêmica habitual para dar livre curso a encadeamentos inéditos. Em vez de conceitos, atores ou países, o leitor encontra temas, palavras, ficções e territórios reunidos de modo arbitrário e pessoal, além de citações, remissões e um índice onomástico. Algo como uma aventura do imaginário urdida no correr da pena, um percurso sem destino, um roteiro afetivo com verbetes inesperados que podem ser lidos em sequência ou não.
Cruzando cidades e museus, personagens, poemas e romances que lhe são familiares ou que aprecia em particular, Roudinesco adota o método intuitivo para esclarecer ao leitor como a psicanálise alimentou-se de literatura, cinema, teatro, viagens e mitologias para se tornar uma cultura universal. De "Amor" a "Zurique", passando por "Animais", "Cidades brasileiras", "O Segundo Sexo", " Hollywood", "David Cronenberg", "Jesuítas", "Sherlock Holmes", "Marilyn Monroe", "Paris", "Felicidade", "Psiquê", "Leonardo da Vinci" e muito mais -, o livro reúne uma vastidão de experiências e palavras.
"Sempre amei os dicionários. Eles encerram um saber que é como um mistério permanente. Cada vez que abro um dicionário, sei que vou encontrar algo novo, uma coisa secreta na qual não havia pensado, histórias, palavras, nomes, figuras de linguagem. Um dicionário é um vasto lugar de memória, um relato em forma de labirinto, um inventário errante, uma lista em expansão" da introdução, por Elisabeth Roudinesco.