Bem-humorado e melancólico, Os beneditinos é um livro que mergulha de forma tocante nas memórias de um Rio de Janeiro romântico, com as glórias do passado e as perdas do presente
Bem-humorado e melancólico, Os beneditinos é um livro que mergulha de forma tocante nas memórias de um Rio de Janeiro romântico, com as glórias do passado e as perdas do presente
O narrador desta deliciosa trama não está em seus melhores dias. Perdeu o emprego de jornalista, vive só, no bairro da Mooca, e tem de cuidar da saúde, que não anda boa.
A vida lhe reserva poucos momentos de felicidade: assistir às partidas do Juventus, o Moleque Travesso, que o faz se lembrar do América, seu time do coração. Tomar ocasionalmente uma cerveja com petiscos. E se dedicar às suas partidas de futebol de botão contra veteranos do bairro.
Suas perspectivas mudam, no entanto, ao folhear uma revista na sala de espera de seu dentista e encontrar a manchete: "Será em Londres o 1º Mundial de walking futebol".
Futebol andando? Com a ajuda de seu filho, ele descobre mais sobre essa categoria, reservada aos que já passaram da flor da idade, em que não se pode, em momento nenhum da partida, tirar os dois pés do chão.
É a chance que procurava para reunir seu antigo time do Colégio São Bento, no Rio de Janeiro, e colocar os esportistas aposentados para treinar. Desta vez, os beneditinos irão à desforra das derrotas sofridas para o Santo Inácio, tantas décadas atrás.