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OS FILÓSOFOS E AS MÁQUINAS

Paolo Rossi
Tradução: Federico Carotti

Apresentação

Dos ateliês dos artistas fiorentinos do início do século XV à Enciclopédia de Diderot e D'Alembert, Paolo Rossi reconstrói a ascensão do novo saber científico, nascido independentemente e quase à revelia da universidade e das tradicionais disputas filosóficas.

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Ficha Técnica

Título original: I filosofili e le macchine Páginas: 184 Formato: 14.00 X 21.00 cm Peso: 0.138 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 22/05/1989
ISBN: 978-85-7164-045-0 Selo: Companhia das Letras Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Dos ateliês dos artistas fiorentinos do início do século XV à Enciclopédia de Diderot e D'Alembert, Paolo Rossi reconstrói a ascensão do novo saber científico, nascido independentemente e quase à revelia da universidade e das tradicionais disputas filosóficas.

Dos ateliês dos artistas fiorentinos do início do século XV à Enciclopédia de Diderot e D'Alembert, Os filósofos e as máquinas reconstrói a ascensão do novo saber científico, nascido independentemente e quase à revelia da universidade e das tradicionais disputas filosóficas. É uma ciência freqüentemente humilde, ligada a atividades consideradas vis. Alguns de seus textos "sagrados": o De re metallica, tratado de mineralogia do alemão Agricola, que os missionários de Potosí mantinham sobre o altar para que os mineradores lhe prestassem devoção quando iam consultá-lo; os tratados sobre magnetismo utilizados pelos navegadores que exploravam o Novo Mundo, como o Newe attractive de Robert Norman, ex-marinheiro inglês que se dedicou à construção e ao comércio de bússolas; os textos de Leon Battista Alberti, de Piero della Francesca e de Leonardo da Vinci sobre a arte de pintar. Esse enorme e desordenado patrimônio de novos dados e descobertas será posteriormente transformado num sistema organizado de conhecimentos pelas grandes personalidades filosóficas do século XVII (Galileu, Bacon, Descartes, Leibniz) e, no Iluminismo, desembocará numa nova visão do mundo.O livro de Paolo Rossi, considerado um clássico da história do pensamento científico, tem o mérito de refazer esse caminho de modo sistemático. Sem simplificações fáceis, consegue apresentar a contínua dialética entre, de um lado, o pensamento "alto" dos filósofos e dos humanistas, de natureza matemática e lógica, e, de outro, a ciência "pobre" dos técnicos e dos inventores. E tem a capacidade de reconhecer, no orgulho desses pioneiros, em eterna polêmica tanto com a cultura acadêmica como com a magia dos alquimistas, os primeiros sinais de uma ética científica moderna.

Sobre o autor