No final de 1989, Klink partiu no veleiro Paratii para uma viagem que duraria 22 meses. Navegando solitariamente por mais de 50 mil quilômetros, alcançou o continente gelado do Sul e rumou em seguida para as geleiras do Pólo Norte. Este é o relato de sua fascinante empreitada.
No final de 1989, Klink partiu no veleiro Paratii para uma viagem que duraria 22 meses. Navegando solitariamente por mais de 50 mil quilômetros, alcançou o continente gelado do Sul e rumou em seguida para as geleiras do Pólo Norte. Este é o relato de sua fascinante empreitada.
Amyr Klink é sempre surpreendente. Depois de cruzar o Atlântico em um minúsculo barco a remo - travessia relatada em Cem dias entre céu e mar -, lançou-se em outro projeto assombroso: passar um ano inteiro na Antártica, dos quais seis meses imobilizado no gelo, em companhia apenas de pingüins e leões-marinhos. Para realizar esse sonho, no final de 1989 partiu no veleiro Paratii para uma viagem que iria durar 22 meses. Navegando solitário por mais de 50 000 quilômetros, alcançou não apenas o continente gelado do Sul, mas também as geleiras do pólo Norte. E trouxe na bagagem dois punhados de pedrinhas, um da Antártica e outro do Ártico: símbolos da misteriosa matéria de que são feitos os mais belos e ousados sonhos.