Fina análise das instituições científicas brasileiras do final do século XIX. Com base em documentos raros e muitas vezes inéditos, a autora reconstrói a mentalidade de uma época em que conviveram o liberalismo político e o racismo cientificista.
Fina análise das instituições científicas brasileiras do final do século XIX. Com base em documentos raros e muitas vezes inéditos, a autora reconstrói a mentalidade de uma época em que conviveram o liberalismo político e o racismo cientificista.
Um grande laboratório racial: era essa a imagem do Brasil no final do século passado. Construída pelos inúmeros viajantes que aqui aportavam, a alusão a um país de raças híbridas encontrava boa acolhida entre nossos intelectuais - juristas, médicos, literatos, naturalistas. Como entender, no entanto, que esses mesmos pensadores tenham feito das teorias raciais deterministas e evolutivas o seu baluarte intelectual, espalhando pela sociedade brasileira noções de superioridade racial e o estigma do pessimismo quanto ao futuro de uma nação mestiça?Esse é o desafio que a autora busca vencer, com base em documentos raros e muitas vezes inéditos: a compreensão da mentalidade de uma época em que conviveram o liberalismo político e o racismo oriundo das várias escolas darwinistas. Um paradoxo que marca até hoje e põe em xeque o país da democracia racial.