Nessa pequena epopéia o eu lírico é na verdade a nação ou a alma portuguesa. São poemas "em que se resume a história passada, e a promessa da história futura, de Portugal", como escreveu Pessoa.
Nessa pequena epopéia o eu lírico é na verdade a nação ou a alma portuguesa. São poemas "em que se resume a história passada, e a promessa da história futura, de Portugal", como escreveu Pessoa.
Com Mensagem e Ficções do interlúdio a Companhia das Letras começa a publicar Fernando Pessoa (1888-1935). A não ser pela capa - com projeto gráfico e orelha a cargo de profissionais brasileiros -, essas duas edições reproduzem as da Assírio & Alvim, de Lisboa. Ambas são resultado de um cuidadoso trabalho de estabelecimento de texto e trazem um aparato crítico que, embora preparado por um especialista - Fernando Cabral Martins -, não se distancia dos interesses do leitor comum.
Mensagem é uma pequena epopéia na qual o eu lírico é na verdade um nós: a nação ou a alma portuguesa, em cujo centro surge o mito de d. Sebastião, força aglutinadora de todas as esperanças. São poemas "em que se resume a história passada, e a promessa da história futura, de Portugal", como escreveu Pessoa.
Ficções do interlúdio, uma espécie de antologia pessoal, reúne poemas em português que Fernando Pessoa publicou em vida (entre 1914 e 1935, em revistas e jornais) e que pretendia transformar em livro. Além do próprio Pessoa, aparecem aqui os heterônimos Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro, em poemas célebres como "Autopsicografia", "Ode marítima" e "Tabacaria".
* Leitura obrigatória do vestibular da Fuvest.