Seis amigos vêem uma velhinha. Como não sabem praticamente nada sobre ela, imaginam, cada um a seu modo, que tipo de pessoa ela é. Uma história sobre como o ponto de vista influencia nossa maneira de descrever as coisas.
Seis amigos vêem uma velhinha. Como não sabem praticamente nada sobre ela, imaginam, cada um a seu modo, que tipo de pessoa ela é. Uma história sobre como o ponto de vista influencia nossa maneira de descrever as coisas.
Nessa história, seis amigos que moram na mesma rua vêem uma senhora velhinha sair de casa. Não sabem nada sobre ela, a não ser uma ou outra coisa que pode ser observada à distância. Sabem, por exemplo, que a velhinha às vezes sai de casa acompanhada de um velhinho de nariz meio torto e que eles vão andando pela rua, nos fins de tarde em que não chove nem faz frio. E o que mais?Na falta de informações objetivas, cada um dos seis amigos imagina como é a velhinha, que tipo de vida ela leva, o que fez quando era moça, como passa o tempo dentro de casa etc. Cada um conta a sua versão da história, isto é, embora todas elas tenham pontos em comum, nenhuma se repete, nenhuma é igual à outra. Para um dos amigos a velhinha parece uma escritora de livros infantis; para um outro ela é dona de casa; para um terceiro, tem cara de atriz. Cada um deles tem um modo de ser e de imaginar; cada um deles tem um ponto de vista - e é por isso que uma mesma velhinha pode parecer tantas coisas ao mesmo tempo.