Nos poemas de Cambalhota, Ricardo da Cunha Lima enxerga a realidade de pernas para o ar: um chinelo com uma pinta, um labirinto, uma peteca, um carrinho de supermercado faminto e uma madame tagarela são algumas das coisas que povoam esse universo. Um apêndice explica as diferentes formas literárias empregadas pelo autor e ensina o leitor a fazer poesia.
Nos poemas de Cambalhota, Ricardo da Cunha Lima enxerga a realidade de pernas para o ar: um chinelo com uma pinta, um labirinto, uma peteca, um carrinho de supermercado faminto e uma madame tagarela são algumas das coisas que povoam esse universo. Um apêndice explica as diferentes formas literárias empregadas pelo autor e ensina o leitor a fazer poesia.
Como diz um dos versos deste livro de Ricardo da Cunha Lima, o autor vê "o mundo revirado". Um dos poemas descreve o dia em que as placas de rua começam a falar, a fim de resolver o problema do trânsito na cidade. Outro conta a história das orelhas do senhor Adamastor, que gostavam de sair de sua cabeça para passear. Entre outras coisas que parecem vistas depois de uma cambalhota, o livro tem também uma cadeira automática, uma meia furada, um poema com sotaque italiano macarrônico e um bruxo que dá vida a um bolo de aniversário. As ilustrações de Mariana Massarani tornam os poemas ainda mais divertidos e bonitos. No final de Cambalhota, como em De cabeça para baixo, seu outro livro publicado pela Companhia das Letrinhas, Ricardo da Cunha Lima explica termos e procedimentos poéticos usados no livro, como verso, estrofe, enjambement, metonímia, parlenda, e dá informações sobre a literatura de cordel e a poesia visual.