O menino Candinho era um garoto observador e, quando cresceu, contou, através de cores e pinceladas, muito do que viu durante a infância: as plantações de café, o trem de ferro, as estripulias das crianças - e também a guerra e toda a tristeza que ela cria. Para lutar pela paz, ele fez dois grandes murais - Guerra e Paz -, que inspiraram os lindos bordados deste livro sobre a vida de Candido Portinari.
O menino Candinho era um garoto observador e, quando cresceu, contou, através de cores e pinceladas, muito do que viu durante a infância: as plantações de café, o trem de ferro, as estripulias das crianças - e também a guerra e toda a tristeza que ela cria. Para lutar pela paz, ele fez dois grandes murais - Guerra e Paz -, que inspiraram os lindos bordados deste livro sobre a vida de Candido Portinari.
Entre 1952 e 1956, Portinari pintou - a pedido do governo brasileiro, que queria presentear a sede da ONU - seus dois últimos e maiores trabalhos: os murais Guerra e Paz, com 14 metros de altura por 10 de largura. E lá eles ficaram, no hall de entrada da Assembleia Geral, sem acesso ao público, até 2010, quando foram trazidos de volta ao Brasil. Depois de ficarem expostos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e receberem a visita de 44 mil pessoas, os murais foram restaurados em um ateliê aberto e depois passaram a rodar pelo país, até voltarem aos Estados Unidos.
E foi a partir dos estudos de Portinari para esses painéis que os irmãos Ângela, Antônia, Marilu, Martha, Sávia e Demóstenes criaram os bordados deste livro, que conta a história de Candinho, como era conhecido quando pequeno: sua infância em uma cidade do interior, onde brincava entre as mangueiras; sua entrada no mundo da arte, já adulto, e suas perambulações Brasil afora, quando, saudoso dos tempos de criança, foi buscar as memórias do passado na terra onde nasceu.
Ao final do livro, um texto sobre Candido Portinari e o processo de criação desses murais magníficos reforça a grandeza desse pintor, tão preocupado em disseminar a paz pelo mundo.