Um livro é o melhor presente: 8 quadrinhos

07/12/2016

Procurando o presente de Natal perfeito? Para quem gosta de quadrinhos, aqui estão as nossas indicações.

1. Ninguém vira adulto de verdade, de Sarah Andersen

Para quem está entrando na vida adulta, tentando equilibrar todas as responsabilidades com as coisas prazerosas da vida, Ninguém vira adulto de verdade é a leitura certa. As divertidas tirinhas de Sarah Andersen, que já contam com mais de 1 milhão de fãs no Facebook, registram lindos fins de semana passados de pernas pro ar na internet, a agonia de andar de mãos dadas com alguém de quem estamos a fim (e se os dedos ficarem suados?!), a longa espera diária para chegar em casa e vestir o pijama, e a eterna dúvida de quando, exatamente, a vida adulta começa.
Em outras palavras, este livro é sobre as estranhezas e peculiaridades de ser um jovem adulto na vida moderna. 

2. Repeteco, de Bryan Lee O'Malley

Repeteco também é um bom quadrinho que trata da vida adulta e nossas escolhas. Acompanhamos nesta história a vida de Katie, uma chef talentosa, dona de um restaurante de sucesso e com grandes planos para a vida. De repente, em um único dia ela perde uma grande chance de negócios, sua paquera com um jovem chef azeda, sua melhor garçonete se machuca e um ex-namorado charmoso aparece para complicar ainda mais a situação. Quando tudo parece perdido e Katie já não enxerga mais uma solução, uma misteriosa garota aparece no meio da noite com a receita perfeita para uma segunda chance. E, assim, Katie ganha um repeteco na vida e precisará lidar com as consequências de suas melhores intenções. Repeteco é uma história divertida sobre angústia existencial, obstáculos do cotidiano, amor juvenil e espíritos antigos e bem intencionados.

3. Quadrinhos dos anos 10, de André Dahmer

Os últimos anos não têm sido fáceis, mas pelo menos renderam para André Dahmer muito material para os seus Quadrinhos dos anos 10. Suas tirinhas são compostas de três ou quatro quadros em sequência, contendo a mais dolorosa e mordaz crítica à vida moderna. O humor dessas páginas nasce da mesma angústia que sentimos diante das complicações contemporâneas que o autor tenta destrinchar. Mas as tiras não são pesadas e duras: pelo contrário, são tão engraçadas quanto os absurdos do dia a dia. Um riso meio doído, mas um riso mesmo assim.

4. Sopa de salsicha, de Eduardo Medeiros

O primeiro romance gráfico de Eduardo Medeiros, que há anos já retrata suas aventuras pela vida na internet, retrata os dilemas do amadurecimento e das mudanças da vida adulta. Sopa de salsicha conta as encrencas do cotidiano do quadrinhista: o aperto financeiro, as mudanças de lar e um difícil projeto pela frente, que é a própria graphic novel. Com ajuda da Baixinha, sua esposa, e de outros quadrinistas, ele narra suas aventuras diárias e seus embates com o processo criativo, a vida nova em Florianópolis e as visitas de um Michael Bolton que talvez esteja tentando conquistar a sua mãe.

5. Dez anos para o fim do mundo, de Caeto

Em Memória de elefante, Caeto criou uma das mais belas autobiografias do quadrinho nacional. Dez anos para o fim do mundo é a sequência dessa história, onde ele retoma sua trajetória pessoal - os dramas, os apertos, os momentos bons e os ruins - numa extraordinária história sobre o passado, a família, o processo de amadurecimento e a arte. Preenchendo as lacunas do livro anterior, Caeto volta à infância, num retrato contundente sobre sua pré-adolescência. Também nos encontramos com o autor durante a paternidade e a vida adulta. Num livro brutalmente sincero, Caeto explora os próprios labirintos para apresentar ao leitor um poderoso e emocionante retrato da vida de um artista brasileiro. 

6. Pau e pedra, de Peter Kuper

Numa terra devastada, um novo império está prestes a nascer e uma batalha épica vai começar. Em Pau e pedra, o lendário Peter Kuper, que esteve na Comic Con Experience esse ano, narra - sem usar uma única palavra - o embate entre dois povos tão diferentes quanto, estranhamente, similares. Numa poderosa alegoria dos dias de hoje, Kuper cria uma história de vida e morte, de guerra e paz, ao mesmo tempo atual e atemporal. Assim como em seus trabalhos mais conhecidos, o artista dispensa os balões e o texto, e o resultado é uma narrativa que transcende o tempo e o espaço - exatamente como as grandes histórias devem ser.

7. Reportagens, de Joe Sacco

Na última década, Joe Sacco tem se voltado cada vez mais aos quadrinhos curtos para nos mandar seus relatos dos conflitos ao redor do globo. Reunidas pela primeira vez em livro, essas reportagens mostram por que Sacco é um dos principais correspondentes de guerra dos nossos tempos. São histórias de refugiados africanos em Malta, de contrabandistas palestinos, de criminosos de guerra e de suas vítimas. E ainda de uma incursão com o exército americano no Iraque, em que ele vê de perto a miséria e o absurdo da guerra. Um de seus trabalhos mais maduros, Reportagens traz Sacco nas linhas de frente dos conflitos, relatando com sensibilidade e crueza os horrores - e as esperanças - da humanidade.

8. Magda, de Rafa Campos Rocha

Para encerrar, mais um quadrinho nacional! Um ser ancestral se esconde na Terra, um predador de milhares de anos que pode ter sido responsável por extinções do passado. Agora ele se apossou de Magda, numa relação de simbiose que acaba por criar um dos seres mais poderosos do planeta. E Magda está com fome. A partir dessa premissa, Rafa Campos Rocha criou um álbum de aventura e ficção científica que bebe na obra de clássicos como Moebius, Robert E. Howard e Milton Caniff. O resultado é um álbum tão inesperado quanto violento, tão sensível quanto brutal. Numa jornada de autoconhecimento, o monstro encontrará em Magda sua melhor - e mais perigosa - aliada.

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