2016: Um ano de prêmios

21/12/2016

Este ano foi repleto de prêmios para os autores do Grupo Companhia das Letras. Ao todo, foram 23 honrarias em premiações promovida?s pela Academia Brasileira de Letras, pela Câmara Brasileira de Livros (Jabuti), pela? Associação Paulista dos Críticos de Arte e pela Fundação Itaú (Oceanos)? - além do Prêmio Camões, considerado o mais prestigioso prêmio literário da língua portuguesa, que ficou com o brasileiro Raduan Nassar pelo conjunto de sua obra. 

Além do reconhecimento de nossos autores, um projeto importante do Grupo Compahia das Letras também foi premiado: os clubes de leitura em penitenciárias. O prêmio foi concedido pelo Instituto Pró-Livro, que anunciou seus vencedores na última semana, e é voltado para organizações que atuam na promoção do livro.

Conheça os autores, capistas e tradutores do Grupo Companhia das Letras premiados em 2016!

Julián Fuks 

Autor de A resistência, Julián Fuks levou três troféus para casa: Livro do Ano Ficção e Melhor Romance no Jabuti, e também ficou com o segundo lugar no Prêmio Oceanos. Ainda em 2016, Fuks foi selecionado para o Programa Rolex de Mestres e Discípulos, no qual terá o escritor moçambicano Mia Couto como tutor. Os dois autores inclusive estiveram juntos em um dos eventos comemorativos dos 30 anos da Companhia das Letras, que você pode assistir aqui

José Luís Peixoto

O escritor português José Luís Peixoto ficou com o primeiro lugar no Prêmio Oceanos com o romance Galveias, obra lançada no Brasil em 2015. No livro, Peixoto constrói o universo de um lugarejo quase parado no tempo, que subitamente se vê diante de um imenso mistério. A história é baseada na própria vida do autor, que nasceu no vilarejo que dá nome ao romance. 

Angela Alonso 

A socióloga e pesquisadora Angela Alonso conquistou com o livro Flores, votos e balas dois prêmios importantes: foi escolhida pela Academia Brasileira de Letras como vencedora do Prêmio Senador José Ermínio de Moraes e, no Jabuti, ficou em primeiro lugar na categoria Ciências Humanas. No livro, Angela Alonso narra os eventos e a vida das pessoas que participaram do movimento abolicionista no Brasil.

Marcelo Rubens Paiva

Em 2016, o Prêmio Jabuti anunciou uma novidade: uma categoria em que o vencedor seria escolhido pelo público. Ainda estou aqui, de Marcelo Rubens Paiva, foi o primeiro a ganhar o prêmio Escolha do Leitor. Neste livro, ele retorna à história de sua família 35 anos após o lançamento de Feliz ano velho, contando a trajetória de luta da sua mãe para descobrir o que aconteceu com seu pai, Rubens Paiva, durante a ditadura. 

Ana Martins Marques

Em poesia, um dos grandes lançamentos de 2015 foi O livro das semelhanças, de Ana Martins Marques, que neste ano foi reconhecido com o terceiro lugar no Prêmio Oceanos. Dividido em quatro seções (“Livro”, “Cartografias”, “Visitas ao lugar-comum” e “O livro das semelhanças”), esta obra desperta o leitor para o prazer sempre iluminador e sensível de uma das vozes mais originais da poesia brasileira. 

André Lara Resende 

Devagar e simples, de André Lara Resende, foi o primeiro colocado na categoria Economia, Administração, Negócios, Hotelaria e Lazer do Jabuti. O livro reúne treze artigos que abordam questões atuais da economia brasileira, se estendedo também a temas existenciais, filosóficos e psicanalíticos que envolvem as discussões econômicas.

Elvira Vigna

Com Como se estivéssemos em palimpsesto de putas, Elvira Vigna venceu a categoria Romance do Prêmio APCA, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Em seu romance mais recente, a autora faz um impactante jogo literário para tratar de relacionamentos, imaginação e narrativa, onde o acaso junta os protagonistas numa sala e, dia após dia, ele relata a ela seus encontros frequentes com prostitutas. Ela mais ouve do que fala, enquanto preenche na cabeça as lacunas daquela narrativa.

Alceu Chiesorin Nunes

O projeto gráfico da Companhia das Letras também foi premiado em 2016. Alceu Chiesorin Nunes ganhou o Prêmio Jabuti de Melhor Capa pelo projeto de O gigante enterradolivro de Kazuo Ishiguro. Nesta história, o autor japonês envereda pelo universo da fantasia para abordar temas universais como o amor, a guerra e a memória.

Luis Fernando Verissimo

As mentiras que as mulheres contam, de Luis Fernando Verissimo, ganhou o segundo lugar na categoria Contos e Crônicas do Prêmio Jabuti. Lançado em 2015 pela Objetiva, o livro é uma resposta do próprio autor a As mentiras que os homens contam, publicado quinze anos antes, repleto de dramas, comédias, tragicomédias - e até histórias que terminam em tragédia -, com o inconfundível humor de Verissimo. 

Roger Mello

O livro Inês, de Roger Mello e ilustrado por Mariana Massarani, ficou com o primeiro lugar na categoria Infantil do Jabuti. A famosa história de Inês de Castro, rainha coroada depois de morta, é recontada neste livro sob o ponto de vista de uma de suas filhas. Roger e Mariana trazem uma nova e encantadora abordagem sobre essa trágica história de amor.

Arthur Dapieve

Publicado pela Alfaguara, Maracanazo e outras histórias, de Arthur Dapieve, ficou com o quarto lugar do Prêmio Oceanos. Neste livro, o autor mescla ficção e realidade para compor cinco histórias que mostram uma enorme coesão narrativa, seja na sua atualidade, seja no seu impacto. 

Antonio Carlos Viana

Uma das notícias tristes desse ano foi a morte de Antonio Carlos Viana, um dos principais contistas brasileiros contemporâneos. Seu último livro, Jeito de matar lagartasrecebeu o prêmio In Memoriam na categoria Contos e Crônicas do Prêmio Jabuti. 

Nina Horta

As deliciosas e bem escritas crônicas culinárias de Nina Horta, reunidas em O frango ensopado da minha mãe, venceram o Jabuti na categoria Gastronomia. Seus textos falam de família, amigos, cozinheiros, livros, filmes, lugares, nomes de pratos, modismos gastronômicos, dietas e cuidados alimentares contemporâneos - tudo serve para mobilizar a escrita afetuosa em tom de troca de receitas.

Arnaldo Antunes

Ainda no Jabuti, em Poesia, Arnaldo Antunes foi o primeiro colocado com os poemas de Agora aqui ninguém precisa de si, uma a obra marcada pela pluralidade, pelo registro pop e pela sonoridade, tão próprios ao artista, que assinou também o projeto gráfico do livro. Um diálogo sensível e desafiante com o homem contemporâneo. 

Ruy Castro

Em Reportagem e Documentário, o terceiro lugar do Prêmio Jabuti foi para A noite do meu bemde Ruy Castro. Neste livro, ele conta a história e as histórias do samba-canção nos anos 1930, 40 e 50 no Rio de Janeiro. 

Lawrence Flores Pereira

O tradutor Lawrence Flores Pereira foi o grande premiado em tradução no Jabuti por sua versão de Hamlet, de William Shakespeare, lançada em 2015 pelo selo Penguin-Companhia. Esta edição ainda conta com uma introdução de Lawrence e um texto de T.S. Eliot sobre a mais famosa peça do bardo inglês.

Eduardo Giannetti

Trópicos utópicos, lançado neste ano, rendeu a Eduardo Giannetti o Prêmio APCA de melhor Ensaio. Giannetti aborda com inteligência e originalidade o tema da identidade brasileira por meio de aforismos que refletem sobre a ciência, a tecnologia e o crescimento econômico do país.

Zeca Baleiro

Na categoria Infantil do Prêmio APCA, os seres da mata de Zeca Baleiro foram os grandes vencedores. Em Quem tem medo de Curupira?, o Saci, a Mãe-d’água, o Curupira e outros personagens passam a sentir medo de serem esquecidos, em meio a toda a correria da vida moderna. Por isso, resolvem ir para a cidade, a fim de garantir o espaço no coração das pessoas - e, para isso, vão ter que se adaptar à realidade urbana. 

Regina Przybycien 

Tradutora dos poemas da Nobel de Literatura Wislawa Szymborska reunidos em Um amor feliz, Regina Przybycien venceu o Prêmio APCA na categoria de Tradução. Um amor feliz é a segunda reunião de poemas da autora publicada no país, uma obra que seduz leitores no mundo todo graças à inteligência afiada, ao lirismo cheio de ironia e à observação da vida cotidiana.

Armando Freitas Filho

Destaque na Flip ao falar de seu filme e de sua amizade com Ana Cristina Cesar, Armando Freitas Filho ganhou o Prêmio APCA em Poesia com Rol, seus poemas mais recentes. Rol traz a morte como pano de fundo, com uma poética corajosa, madura e sensível de um dos maiores autores em atividade do Brasil.

Dorrit Harazim

A jornalista Dorrit Harazim ficou com a premiação de Artes Visuais da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em O instante certo, ela conta as histórias por trás das imagens mais icônicas da fotografia, resgatando personagens que as lentes nem sempre mostram. 

 

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