As histórias por trás dos romances de Haruki Murakami

27/04/2017

Romancista como vocação, novo lançamento de Haruki Murakami, é um presente para os amantes da escrita. Nele, o mais célebre escritor contemporâneo do Japão responde perguntas fundamentais sobre a carreira de romancista. O livro, um manual honesto e definitivo para quem quer se tornar escritor, descreve o que é fundamental desde a concepção da ideia do romance até o momento da publicação. Para os fãs, há o bônus dos detalhes autobiográficos e, ainda, curiosidades sobre o processo de criação de algumas de suas principais obras.

Separamos cinco desses romances e as histórias por trás deles que você provavelmente ainda não conhecia.

1. Ouça a canção do vento

Foi o primeiro livro escrito por Haruki Murakami, então com 29 anos de idade. Com ele, ganhou também seu primeiro prêmio literário, o prêmio de novos talentos da Revista Gunzô. Murakami escreveu o romance à mesa de sua cozinha e o concluiu em seis meses.

2. Dance dance dance 

O romance foi escrito parte em Roma, parte em Londres e armazenado em um disquete. Um dos capítulos não foi salvo corretamente por Murakami, que, ao descobrir o lapso, esforçou-se para reproduzi-lo tal como era inicialmente. Depois do lançamento do livro, o capítulo que havia sumido reapareceu em outra pasta do disquete. O autor hesitou, mas o leu novamente, concluindo, por sorte, que o havia reescrito de uma maneira bem melhor.

3. Norwegian Wood

Murakami escreveu este romance em um caderno barato e usando uma caneta Bic. O autor, em viagem pela Europa, o concebeu em vários lugares: mesas de cafés, bancos de ferry boat, à sombra de um parque, na sala de espera de um aeroporto, à mesa de um hotel barato. Graças ao sucesso do livro, seu primeiro best-seller, pôde passar a viver somente da escrita.

4. O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação 

Inicialmente, esse livro seria um conto com cerca de sessenta páginas, mas, por conta de uma fala de uma das personagens, acabou virando um romance com cerca de trezentas páginas. 

5. Kafka à beira-mar

A primeira versão do manuscrito tinha mil e oitocentas páginas e foi concebida em Kauai, no Havaí. Chovia muito e não havia nada para fazer na cidade, criando um ambiente propício para que o autor se dedicasse totalmente à escrita. Depois da edição, a versão final foi fechada em cerca de quinhentas páginas. Foi o primeiro livro de Murakami a constar na lista geral dos mais vendidos do The New York Times.

Leia mais sobre o processo criativo de Haruki Murakami e as histórias por trás de seus livros em Romancista como vocação

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