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Em agosto comemora-se o mês do folclore! Desde 1995, dia 22 de agosto é considerado o Dia do Folclore e de celebrar e relembrar ritos, tradições, sabedorias, brincadeiras, festas e jogos tradicionais.
As histórias contadas por gerações guardam muito da sabedoria popular brasileira, ajudam a constituir a identidade nacional e seguem sendo narradas por diversas regiões do país.
Selecionamos livros que trazem algumas dessas divertidas, encantadoras e também assustadoras histórias de seres como o Curupira, a Mula sem cabeça, o Saci Pererê, a Sereia, a Cobra-Grande, o Boto-Cor-de-Rosa e tantos outros,recontadas por autores como Ana Maria Machado, Drauzio Varella, Ilan Brenman, Heloisa Prieto e Zeca Baleiro, entre outros.
Boa leitura e bom mês do folclore!
A onça se julga muito mais forte e poderosa que a maioria dos animais. E é mesmo. Mas o macaco sempre consegue cutucar a pintada com vara curta e ainda levar a melhor. O macaco tem manha, é astuto e nunca apanha da onça. Sem muito esforço, faz um drama fajuto, finge que está defunto e ganha tudo na sonsa. E a pobre da onça-pintada toda vez é enganada, só leva paulada, vive desarvorada.
Em Macacos me mordam!, seis deliciosos "causos" coletados do folclore mundial retratam situações cotidianas vividas por personagens que são delicadas caricaturas de nós mesmos.
A beleza irresistível do boto, a horripilante bruxa amazônica, Matina Pereira, a generosidade da Mãe d'água — eis alguns dos mistérios narrados neste livro, em histórias que possuem dois grandes dons: fazer rir e despertar a imaginação com algumas das mais belas lendas da tradição oral do mundo.
Em Mata, Heloisa Prieto dedica-se a contar os ensinamentos guardados justamente nessas histórias de folk (gente, pessoas comuns) e lore (saber), uma vasta sabedoria popular. A autora leva o leitor a viajar pelas narrativas do pó de jararaca, da noite do nunca-mais e até dos sete fios d'água.
As narrativas que dão vida aos quatro volumes de Histórias à brasileira vêm da época em que a filha de Ana Maria Machado ainda era pequena. Com as visitas frequentes de amigas e primas, quando acabava a luz, sobrava para a mãe entreter as crianças com os mais variados contos que ouvira de sua família. E quando a luz voltava, fingiam que ainda estavam sem televisão e continuavam a ouvir as histórias que mais tarde virariam livro.
Sávia Dumont reconta treze histórias recolhidas em todo o Brasil, protagonizadas por figuras como a mula-sem-cabeça, o lobisomem, a cuca, o mão-pelada, o minhocão e a carnaubeira. Segundo a belíssima lenda que dá título ao livro, originária da tradição indígena do Mato Grosso, as estrelas são lágrimas de indiozinhos que comeram a comida dos guerreiros.
O Brasil também é terra de monstros que assombram nossas rodas de história! Já ouviu falar do Caboclo-d'Água, do Gorjala ou até mesmo da Cabra Cabriola? Neste livro, o leitor vai conhecer as características mais importantes de nove criaturas do folclore brasileiro. Mas, para isso, vai precisar enfrentar o medo e aguçar os sentidos para encontrar a figura de cada um deles camuflada em um emaranhado de linhas e cores.
O rio Negro é um grande espelho. Suas águas refletem as árvores das margens e as nuvens do céu. Muito largo, ele contém os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo. Também comprido, nasce na Venezuela, entra no Brasil e corta a Floresta Amazônica por mais de mil quilômetros.
Drauzio Varella já viajou por esse importante rio brasileiro inúmeras vezes, no barco Escola da Natureza, colhendo plantas da região que pudessem ser transformadas em medicamentos. Neste livro, o autor mergulha no terreno da fantasia e do folclore da região e relata o que aconteceu certo dia em que, em uma de suas viagens, adormeceu sozinho numa rede do convés do barco, entretido com as estrelas e a lua cheia...
Quando as crianças começam a se esquecer do Curupira, grande guardião da floresta, é hora dele e de todas as figuras do folclore brasileiro visitarem a cidade para não resgatar algum reconhecimento – ou não caírem de vez no esquecimento. Em Quem tem medo de curupira?, peça de teatro escrita por Zeca Baleiro e com ilustrações de Raul Aguiar, o que não faltam são confusões causadas por figuras como Caipora, Boitatá, Mãe-d'Água e Saci.
Há quem diga que o Brasil, de tão grande, mais parece um continente. E não só pelo tamanho: o país também é marcado por uma diversidade de culturas e costumes. De todo esse caldo, só poderia resultar um monte de histórias. Cada uma das cinco regiões tem as suas, que são recontadas em diferentes versões neste Viagem pelo Brasil em 52 histórias.
Apesar de bem antiga, a lenda da mula sem cabeça ainda é contada em diversas regiões do Brasil. Mas como foi que ela surgiu? E quais seriam as impressões de um estrangeiro ao ouvir essa história tão particular do nosso folclore? Foi pensando nisso que Ilan Brenman resolveu contar, pra todos que quiserem saber, como nasceu a mula sem cabeça e desafiar uma ilustradora que vive bem longe daqui a criar a sua versão da assombração. Dá pra imaginar? O resultado é surpreendente!
Inspirado na própria infância, passada no interior de São Paulo, o sociólogo Reginaldo Prandi compõe uma narrativa sobre histórias de assombração que envolvem os personagens numa trama de arrepiar. Além de ilustrações, o livro traz também imagens do álbum de fotografia do autor.
Lista: Livros para celebrar o folclore brasileiro
Como fica o folclore em tempos globalizados?, por Ernani Ssó
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