O primeiro amor ganha asas em 'O dia em que virei um pássaro'
O primeiro amor faz parte das descobertas da infância. Saiba o que fazer – e o que não fazer – se a criança compartilhar essa experiência com você
Contar as histórias ancestrais dos povos originários é uma das coisas que move as tintas e letras do autor. Imagem: Catando piolhos, contando histórias, de Daniel Munduruku (texto) e Maté (ilustrações)
Daniel Munduruku com as palavras
Durante uma das mesas, o escritor falou sobre a importância da literatura indígena e este recente recorte que vem sendo apresentado às crianças. "Algumas pessoas não gostam de classificá-las como literatura indígena, pois dizem que isso é segmentação. No entanto, queremos reforçar esse termo justamente porque acreditamos ser necessário reafirmar nossa presença no Brasil", disse o escritor.
"Eu roubo as horas para lhes dar tempo". Imagem: O homem que roubava as horas, de Daniel Munduruku (texto) e Janaina Tokitaka (ilustrações)
Papel da literatura indígena
Para Munduruku, a literatura tem um papel muito importante: "Formar consciência nas crianças sobre a diversidade indígena, pensando nisso como uma forma de preservação da população", disse durante a conversa, chamando a atenção sobre a importância de manter essa força. Ajudar o Brasil a conhecer sua própria história é um dos objetivos da literatura indígena. Abaixo, conheça três livros do autor, publicados pelo Grupo Brinque-Book.3 livros de Daniel Munduruku
Conheça aqui três obras deste importante autor brasileiro, indígena, representante da literatura ancestral que estamos contando! Lindo, né? ;-)
1) Catando piolhos, contando histórias
Autor: Daniel Munduruku
Ilustradora: Maté
Temas: Ética / Meio ambiente / Pluralidade cultural / Relatos de experiências / Lenda / Índio / Indígena / Tradição oral / Dia do Índio (19 de Abril)
Faixa Etária: A partir de 8 anos
“Ali, contávamos para todos os adultos presentes tudo o que havíamos feito durante o dia. Embora não parecesse, todos nos ouviam com atenção e respeito. Aquele era um exercício de participação na vida de nossa comunidade familiar.”
Memórias de infância de um menino indígena que nos fala das tradições de seu povo Munduruku transmitidas pela narrativa oral nos momentos felizes quando, sentado na aldeia, no colo dos mais velhos ou ao pé da fogueira, ouvia histórias enquanto eles catavam piolhos em seus cabelos e lhe faziam carinhos na cabeça.
O livro tem oito histórias, algumas delas são mitos, outras lendas dos espíritos da floresta e outras lições de vida ou narrativas de memórias das brincadeiras inocentes.
>>Primeiro capítulo
Quer uma degustação? Fácil! Dá para ler o primeiro capítulo da obra on-line!>>Leia aqui!<<
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2) Kabá Darebu
Autor: Daniel Munduruku
Ilustradora: Maté
Temas: Meio ambiente / Pluralidade cultural / Conto / Lenda / Índio / Indígena /Tradição oral / Dia do Índio (19 de Abril)
Faixa Etária: A partir de 3 anos
"Nossos pais nos ensinam a fazer silêncio para ouvir os sons da natureza; nos ensinam a olhar, conversar e ouvir o que o rio tem para nos contar; nos ensinam a olhar os voos dos pássaros para ouvir notícias do céu; nos ensinam a contemplar a noite, a lua, as estrelas..."
Kabá Darebu é um menino-índio que nos conta, com sabedoria e poesia, o jeito de ser de sua gente, os munduruku.
Ganhador do selo Acervo Básico FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil).
>>Dicas de leitura
No Material de Apoio ao Professor -- baixe gratuitamente aqui --, há dicas para trabalhar a obra em sala. As ideias podem ser adaptadas também para a leitura em família!>>Espie!<<
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3) O homem que roubava as horas
Autor: Daniel Munduruku
Ilustradora: Janaina Tokitaka
Temas: Ética / Conto / Humanos / Convivência social / Passagem do tempo / Respeito às diferenças / Solidariedade
Faixa Etária: A partir de 8 anos
Como nos relacionamos com o tempo? Você tem a sensação de que ele parece cada vez menor? Por que será?
“Eu roubo as horas para lhes dar tempo. Tempo de aprender a usar o tempo. Quem tem hora não tem tempo: tempo de olhar o tempo.”
Este livro de Daniel Munduruku conta a história de um homem sem nome, sem casa, cuja família era composta por um monte de cachorros.
Ele tinha uma personalidade tão peculiar que mudou a forma das pessoas se relacionarem com o tempo e consigo mesmas.
>>Dicas de leitura
Você também pode encontrar dicas preciosas de leitura em casa ou na sala de aula no Material de Apoio ao Professor, gratuito.>>Baixe aqui!<<
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E você? Conhece alguma história indígena para compartilhar com a gente?
