Lançamento da semana / "Os Bandeira-Pirata e o ouro do monstro"
Piratas, navegantes, aventureiros, longas jornadas e tesouros escondidos são temas que sempre interessaram a crianças, jovens e nem tão jovens assim. Pois este
"Os Bandeira-Pirata e o ouro do monstro", lançamento da Editora Escarlate, selo do Grupo Brinque-Book especializado em jovens leitores, traz todos os elementos de uma boa novela de piratas e vai além: bem ao gosto dos leitores, coloca as crianças como protagonistas da trama, assim como os dois livros do mesmo autor e da mesma série que o precederam,
"Os Bandeira-Pirata e o galeão assombrado" e
"Os Bandeira-Pirata e a caverna da perdição" (ambos publicados no Brasil também pela Escarlate).
Nessa aventura, Matilda estava esperando ansiosa por uma mensagem de seu jovem amigo Jim Júnior, integrante da famosa família Bandeira-Pirata. Como bons bucaneiros, os aventureiros navegantes costumavam mandar à menina um de seus inseparáveis papagaios para fazer as vezes de pombo-correio. Mas o que Matilda encontrou naquela manhã foi uma garrafa vazia de grogue –a bebida oficial dos piratas- com um convidativo e misterioso mapa do tesouro.
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("Os Bandeira-Pirata e o ouro do monstro" / Texto e ilustrações Jonny Duddle)[/caption]
Ao encontrar-se novamente com os destemidos Bandeira-Pirata, ela e seus amigos empreendem uma viagem repleta de aventuras, astúcias e reviravoltas para encontrar o tesouro “que vai além de tudo o que você já viu”, como diz o mapa-convite que chegou às mãos da corajosa menina.
A narrativa fluida e elegante do premiado ilustrador inglês Jonny Duddle combina muitos elementos tradicionais das aventuras de piratas –como as feras marinhas, os códigos de amizade entre os marinheiros, sinistras ilhas “desertas” e reviravoltas- com um humor peculiar que dialoga muito bem com o jovem leitor: do pai pirata que quase fica para trás por um bolo de bananas e que lamenta não trazer sua cesta de piquenique ao desembarcar em uma ilha desconhecida ao próprio desfecho da história, passando pelo avô rabugento que perde sua perna de pau de estimação.
Entre bardos sinistros, Kraken, Davy Jones -personagens que povoam também cinesséries sobre o tema, estabelecendo interessantes diálogos entre linguagens artísticas e ampliando repertórios- e simpáticos (será?) macaquinhos, as ilustrações do artista são complemento essencial à narrativa, esclarecendo algumas passagens e acrescentando ainda mais humor e ironia a outras, todas elas protagonizadas não por velhos piratas, mas por crianças astutas, inteligentes e dispostas a uma boa dose de emoção.
Afinal, será que os jovens aventureiros vão encontrar o tesouro? E como será que o mapa os encontrou?