Escolhas da livreira espanhola Lara Meana na nossa lista de dicas para o fim de semana

09/03/2018
Os livros indicados para este fim de semana foram selecionados por ninguém menos que a escritora e livreira espanhola Lara Meana. No Brasil pela primeira vez, ela vai ministrar um curso sobre curadoria de literatura para a primeira infância. Seleção diversa, os livros têm em comum a delicadeza - no tema e nos traços - e a inventividade infantil, que surgem e ressurgem ao longo das histórias, narradas por textos instigantes e ilustrações arrebatadoras. Vamos à lista? 1) Joana no trem, de Kathrin Schärer (texto e ilustração): Premiado pela revista Crescer, esse livro conta, ao mesmo tempo, várias histórias. Como toda grande narrativa, começa com simplicidade, apenas um desenho. Que vai unindo - e colocando para dialogar - as trajetórias da narradora e das personagens, que questionam seu destino, solicitam ajustes, fazem valer suas vontades, narram a si mesmas. O jogo de cores e preto-e-branco na obra conta também a história. A obra requer uma pacto com a imaginação uma ampliação dos limites do possível. >>Indicação etária: a partir de 3 anos. 2) Vó Nana, de Margaret Wild (texto) e Ron Brooks (ilustração): Altamente Recomendável pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), essa obra trata com muito afeto e delicadeza, reforçada pelos traços e cores escolhidos por Brooks, da relação entre Vó Nana e Neta. Vó Nana e Neta moram juntas há muito, muito tempo. Elas compartilham tudo, inclusive as tarefas, até o dia em que Vó Nana não aparece para tomar o café-da-manhã. Calmamente, ela paga suas contas e trata de pôr seus negócios em ordem. Então, leva Neta para um último passeio, apreciando, escutando, sentindo cheiros e sabores. Vó Nana e Neta se despedem da melhor maneira que conhecem. >>Indicação etária: a partir de 5 anos. 3) Chapeú, de Paul Hoppe (texto e ilustrações): Em um passeio na companhia de sua mãe, Hugo encontra um chapéu sobre um banco. Mas, para uma criança, um chapéu nunca é só um chapéu; um objeto é qualquer coisa que a imaginação inventar. Propondo um diálogo instigante entre texto e imagem, a obra é um registro lírico da riqueza da infância e, além disso, dos limites dela. Enquanto Hugo viaja para diferentes lugares e situações, sua mãe o interrompe com a seguinte questão: “Mas, Hugo, e se alguém precisar desse chapéu?”. >>Indicação etária: 3 anos.     
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