"Uma noite assustadora", de Stephen Michael King, é cheio de repetições e surpresas

07/11/2018
Stephen Michael King é um dos mais premiados autores contemporâneos de literatura infantil. Escritor de livros como O Homem que Amava Caixas e coautor de outros como A Árvore Magnífica (junto com o também incrível Nick Bland), tem em seus traços e na simplicidade com que aborda temas complexos suas principais características. Ele estará no Brasil entre os dias 7 e 11 de novembro, a convite da Brinque-Book, e participa da Feira do Livro de Porto Alegre e de dois encontros em livrarias em São Paulo. No dia 10, sábado, às 10hm estará na Livraria Nove Sete, na Vila Mariana (rua França Pinto, 97). Já às 15h, se encontra com leitores e especialistas na Livraria da Vila da Fradique (rua Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena). Além de uma entrevista exclusiva e da cobertura da agenda de Stephen no Brasil, vamos publicar as resenhas de todos os 15 livros do autor já lançados pela Brinque por aqui. A obra de hoje é Uma Noite Assustadora (texto de Lesley Gibbes). Nesta história, três amigos -"a lebre com um chapéu, o gato com um bolo e o porco com um pacote"-, saem para uma viagem numa noite escura e assustadora. Cruzam com morcegos, ursos ferozes, desafios: montanhas, trilhas, jacarés. [caption id="attachment_5362" align="aligncenter" width="395"] "Uma Noite Assustadora" / Lesley Gibbes (texto) e Stephen Michael King (ilustrações)[/caption]

"Mas aonde eles iam, no meio da noite, caminhando bem devagar, na ponta dos pés, sob a luz do luar?"

  Esse livro, o autor assina com Lesley Gibbes, que fez o texto cheio de rima e repetições, como a frase acima. Esse tipo de estrutura dialoga bem com as crianças pequenas e os bebês, que gostam do texto ritmado e de antecipar o que virá pela frente na história. Perguntas que sempre terminar com um "Eles desistiram? Claro que não!" é outro exemplo de repetição que marca a estrutura narrativa e que vai levando o leitor pela história e pelos lugares da noite escura onde vão os três amigos. No final, uma revelação subverte as expectativas e garante ainda mais graça ao texto e às ilustrações, desse vez bem menos coloridas: Stephen usa uma paleta de cores também bem assustadora para ajudar a dar o clima da história. Assim como o texto, as tintas também surpreendem nas últimas páginas.
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