Está na hora de voltar às aulas, certo? Para quem já estava com saudades da escola e para aqueles que preferiam mais um pouco de ócio criativo ;-), selecionamos cinco livros que se passam -em partes ou totalmente- na escola.
Tem o menino que perdeu um parafuso do juízo e assistiu a aula de cabeça para baixo, tem as memórias irreverentes do tempo da escola narradas em crônica, tem uma menina sabida que se mete na maior aventura depois de ficar de recuperação em Português, tem o Gildo trocando cartas com os colegas da sala...
Uma lista nota 10!
1) Cadê o juízo do menino, de
Tino Freitas (texto) e
Mariana Massarani (ilustrações): divertido, esse livro foi premiado como um dos 30 melhores de 2010 pela revista
Crescer. Além disso, Mariana Massarani ganhou nada menos que dois
Jabuti de ilustração. Os parafusos apertam bem apertadinho o juízo no lugar e impedem a cabeça de fazer pequenas – e grandes – confusões. Mas, nesse dia, o menino acordou sem o seu e já foi fazendo trapalhadas. Penteou o cabelo com a escova de dentes, passou manteiga na maçã, foi para a escola de pijamas e assistiu à aula de cabeça para baixo, imagine só! Onde será que foi parar o parafuso? O livro é todo rimado e cheio de repetições, do jeito que os pequenos leitores e ouvintes adoram. Depois do primeiro "fim", tem um convite: Quem será que vai achar o juízo do menino? Leitura indicada para crianças a partir de 2 anos, mas os mais velhos também vão se divertir e identificar.
2) Escola de chuva, de
James Rumford: nesta emocionante história, premiada em 2010 como melhor livro pelo
Oppenheim Toy Portfolio (EUA), o autor conta uma emocionante história sobre o aprendizado, a vontade de aprender e o maior presente que um adulto pode oferecer a uma criança: o conhecimento. No Brasil, ganhou o selo
Altamente recomendável, da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil). É o primeiro dia de aula em Kelo, no Chade, na África. As crianças caminham pela estrada. “Vou ganhar um caderno?”, pergunta Tomás. “Vou ganhar um lápis? Vou aprender a ler como vocês?” Mas quando ele e as outras crianças chegam à escola, não há sala de aula nem carteiras. Apenas uma professora. “A primeira lição é construir a nossa escola”, diz ela. Recomendado para crianças a partir de 4 anos.
3) A carta do Gildo, de
Silvana Rando: a premiada ilustradora Silvana Rando assina essa divertida e amorosa história sobre amizade e, claro, cartas! Gildo, o já conhecido elefante que sofria de medo de balões, vive uma nova aventura quando sua turma na escola recebe uma carta da amiga Catarina, que mudou e resolveu escrever aos colegas. Só que no meio da troca de correspondências, as respostas das crianças à Catarina se perdem e a turma começa a corresponder-se com desconhecidos. Menos Gildo, que acaba misteriosamente sem resposta. Divertido e com as ilustras características de Silvana, esta é uma obra apaixonante e afetuosa. Será que Gildo vai ficar sem carta? Indicado para crianças a partir de 2 anos.
4) Patacoadas, de
Patricia Auerbach: neste primeiro título da autora e ilustradora para adolescentes e pré-adolescentes, uma série de crônicas divertidas e irreverentes narram as muitas "patacoadas" da infância e adolescência da autora. E quem nunca? Quem nunca passou vergonha? Quem nunca "passou recibo"? Quem nunca se arrependeu de não ter feito xixi na hora do recreio? Quem nunca esqueceu justo de algo que nunca poderia ter esquecido? As ilustrações de Patricia, que surgem na obra aqui e ali, complementam o sentido do texto com muita irreverência. Identificação e risadas garantidas. Indicado para leitores a partir de 8 anos.
5) Ludi vai à praia, de
Luciana Sandroni (texto) e
Eduardo Albini (ilustração): Ludimila estava em casa, entediada, tentando resolver os enormes problemas em que tinha se metido: estava em recuperação – justo em Português, para horror da mãe jornalista –, tinha dever de casa e só queria ver televisão. Foi então que uma estranha brisa soprou pela janela, e Ludi resolveu ir à praia do Flamengo, bem no instante em que uma onda enorme apareceu. Engolida pelas águas, Ludi – ou a Marquesa dos Bigodes de Chocolate – se viu no Fundo da Baía de Guanabara, cercada de criaturas que, junto com o Zé do Polvo, a Dona Concha, o Tatuí e o Rei Barbatano, precisavam de ajuda para despoluir o reino dos peixinhos, moluscos e crustáceos. Com referências a Monteiro Lobato, Lewis Carrol e até Dorival Caymmi, o texto elegante e acessível é um convite ao jovem leitor. Indicado para leitores a partir de 8 anos.