"Lendo junto" no Blog da Brinque: "os livros dizem o que o coração às vezes cala"

12/04/2019
Jaqueline Prestes, 33 anos, lê e ama livros desde que se entende por gente. Incentivada pela mãe, sempre esteve rodeada com esses objetos meio mágicos, capazes de nos transportar para outros mundos, como ela mesma define. Quando soube que estava grávida da primeira filha, hoje com 7 anos, ela correu comprar o primeiro presente que, claro, não foi sapatinho nem roupinha nem enfeite. Foi livro! Como sua mãe fez com ela um dia, hoje Jaqueline, formada em Letras -- sim, a paixão tão profunda pelos livros escreveu sua trajetória profissional também --, incentiva suas duas filhas e muitas famílias a aproveitar genuinamente dos prazeres que um bom livro podem gerar. Foi desse desejo de que mais crianças pudessem ter um momento de afeto e mergulho na "arte mais inteligente" criada pela homem que Jaqueline criou o canal Lendo junto. Essa história de amor pelas palavras é mais uma contada aqui pela Família Leitora, parceria da Brinque-Book com canais que inspirem mais e mais pessoas a ler para os pequenos. Abaixo, os principais trechos do depoimento de Jaqueline ao Blog da Brinque. >>Conheça outras famílias leitoras por aqui.

Literatura é uma das formas mais inteligentes de arte

Literatura é uma das formas mais inteligentes de arte que o homem desenvolveu. É nela que ele pode se expressar de variadas maneiras, aquilo que, às vezes, o coração cala e a boca não consegue falar... Então o ser humano se manifesta através das palavras escritas, que permanecem por muito tempo depois de expressadas, em forma de livro, de uma poesia, de uma carta... Eu sempre fui estimulada por minha mãe a mergulhar no mundo dos livros. Desde muito cedo,  tenho a lembrança deles [os livros] na minha vida, então a literatura é algo com o qual eu sempre tive contato, não à toa, me formei em Letras por causa dessa paixão. A literatura também pode ser uma excelente forma de protesto, de denúncia, e esse engajamento nessa forma de arte também muito me fascina.  

A literatura também pode ser uma excelente forma de protesto, de denúncia

O primeiro presente foi um livro

Bom, a gente tem duas meninas, uma de 7 e outra de 4. Para a primeira filha, o primeiro presente que comprei quando soube que estava grávida não foi nem um sapatinho nem uma roupinha: foi um livro! Lembro de pedir conselho a uma professora da faculdade, uma pessoa muito querida para nós, sobre como vencer aquele medo que a gente tem de entregar um livro na mão de uma criança pequena, com receio de ela rasgar... E eu pensando que tinha que "esperar" ela crescer mais um pouquinho para poder deixar ela pegar nos livros. Que nada! Ela me disse: deixa [sua filha pegar os livros]. Ela vai precisar aprender a manusear pegando mesmo, tem que entregar e ficar na paz, pois uma hora ela vai aprender. Afinal, é mostrando para o bebê como se faz que ele aprende; é lendo junto, manuseando juntos esse objeto tão maravilhoso e que representa tanto para nós.  

Então desde cedo nós também estimulamos nossas filhas com boas leituras, com esse momento de aconchego, de prazer e de satisfação que a boa literatura infantil traz pra gente como um presente

  Então desde cedo nós também estimulamos nossas filhas com boas leituras, com esse momento de aconchego, de prazer e de satisfação que a boa literatura infantil traz pra gente como um presente... O momento da leitura é como um hábito bom que a gente sempre incentivou e quer que elas continuem sempre tendo em suas vidas... Quando chega livro novo é certeza de alegria e uma boa e nova história!

Lendo junto para compartilhar

Eu costumava sempre indicar para meus amigos e grupos um livro pra isso, livro pra aquilo, um livro com tal tema pra uma certa ocasião. O canal nasceu da vontade de reunir num só lugar todas as leituras maravilhosas que a gente lê com as crianças... É cada livro lindo que eu não consigo guardar só pra gente, eu preciso que outras pessoas conheçam também. Eu quero que aquela leitura chegue a mais gente, pois eu me sinto bem em compartilhar o que é bom, eu quero é que mais pessoas saibam e curtam também aquele livro que a gente achou tão legal! Aliado a isso, e pela vivência que nós temos em casa, eu acredito que a família tem uma responsabilidade enorme na formação desse pequeno leitor, afinal, quando incentivado desde cedo, a criança vai querer sempre mais e mais leituras, mais livros, mais magia para sua vida, aquela coisa encantadora de ser transportado para outros mundos, que a gente consegue quando pega um bom livro... Construindo essa ponte maravilhosa entre livros e o carinho e afeto recebido dos pais nesse momento da leitura, a experiência com certeza fica mais significativa, mais rica, guardada na lembrança do pequeno leitor como uma boa memória da infância...
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