Podem ser mais do que amigos. Mas, não raro, também um pouco rivais - ou pelo menos concorrentes em termos de afeto e de preferências familiares. Podem compartilhar os mesmos genitores ou só um dos pais. Podem se ligar por laços de sangue ou apenas por consideração. Há muitas formas de construir o vínculo entre irmãos.
Há quem diga que um irmão ou irmã pode ser uma testemunha da infância - e alguém com quem falar mal dos pais para o resto da vida. Mas nem sempre é assim. A proximidade entre irmãos pode ser tão frequente quanto a indiferença - ou até a rivalidade, com disputas intensas que vão de "quem aperta o botão do elevador primeiro" ou "quem é o favorito da mamãe" até conflitos que muitas vezes se estendem à vida adulta. Irmãos nem sempre compartilham exatamente do mesmo sobrenome - nem os mesmos gostos e ideias. Mas normalmente dividem os brinquedos, o quarto e a atenção dos pais, como nos lembra o elefante Gildo com a chegada de sua irmã, Laurinha. Não, não é fácil lidar com os altos e baixos da relação entre irmãos - que pode ir do amor profundo ao "mamãe te achou na lata de lixo".
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Para as crianças, há vários livros que colocam em pauta o relacionamento entre irmãos. Alguns podem até ajudar os pequenos leitores que em breve vão receber um novo membro na família a se ajustarem a esse novo papel. Veja uma seleção de histórias em que irmãos e irmãs ajudam a mostrar as diferentes faces dessa relação tão complexa:
É com a frase que dá título ao livro que o irmão mais velho se aproxima do menor. “Você não vai acreditar no que eu vi!”, anuncia, como o prenúncio de um evento aterrorizante… E continua: era algo enorme, de olhos assustadores, dentes afiados. Uma cena clássica do mais velho tentando pregar uma peça no menor. Mas - de surpresa! - o jogo vira…
Um quintal mágico guarda as preciosas lembranças de duas irmãs. Enquanto as ilustrações delicadas resgatam os cenários e pequenezas que ficaram marcados, como pequenos tesouros garimpados, a cumplicidade das irmãs ganha contornos. Como parceiras de brincadeiras, de memórias e intimidade, como testemunhas da infância uma da outra. Um livro para nos relembrar do encanto que carregam os lugares mágicos da infância e de brincar com os registros que ficam na memória.
Cabe à menina Ida cuidar de sua irmã menor. Mas basta um momento de distração para que a bebê desapareça, levada por duendes terríveis... Ida, então, parte para resgatar sua irmã mais nova em uma jornada simbólica e inusitada. O resultado é uma narrativa que exalta o protagonismo da infância - e que acabou ficando conhecida como a obra preferida de seu autor.
Quem não se lembra das terríveis irmãs postiças da pobre Cinderela - que a faziam trabalhar dia e noite e sequer a tratavam com um mínimo de simpatia? Pois nesta versão do conto, (re)escrito para a Coleção Canoa, o desfecho é um pouco diferente no que diz respeito ao relacionamento entre as (meias)irmãs.
Se já estava difícil lidar com o Pum, imagine com a Meleca. Na verdade, todo mundo até já estava meio acostumado com o cheiro do Pum. E com o fato de que ele não consegue ficar preso por muito tempo... Mas quando tudo parecia ter se acalmado, veio a Meleca do irmão menor, para somar ao caos já instaurado.
No começo, o elefante Gildo achou que a mamãe tinha exagerado no café da manhã, com aquela barriga enoooorme. Mas não foi excesso de pão ou de cereal: ela estava grávida de Laurinha. Sim, Gildo estava prestes a ganhar uma irmã! E a chegada dela provoca muitas mudanças na vida do pequeno elefante - algumas boas, como a casa cheia de gente; outras, nem tanto…
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