Um dos mais respeitados críticos literários brasileiros analisa a obra de Machado de Assis em três ensaios de rara clareza. Alfredo Bosi apresenta uma abordagem compreensiva e multifacetada de Machado, calcada em rigorosa pesquisa histórica, mas sempre ciente da autonomia literária.
Um dos mais respeitados críticos literários brasileiros analisa a obra de Machado de Assis em três ensaios de rara clareza. Alfredo Bosi apresenta uma abordagem compreensiva e multifacetada de Machado, calcada em rigorosa pesquisa histórica, mas sempre ciente da autonomia literária.
O romance Memórias póstumas de Brás Cubas, as primorosas crônicas em que Machado comenta as encenações políticas do "barro humano" e um rigoroso mapeamento sociológico do universo machadiano - eis os três objetos destes estudos que elucidam traços fundamentais do grande ficcionista da literatura brasileira e mundial. Alfredo Bosi apresenta uma abordagem compreensiva e multifacetada de Machado, calcada em rigorosa pesquisa histórica, mas sempre ciente da autonomia literária.
Em ensaios independentes, mas que ao mesmo tempo se iluminam mutuamente e se completam, Bosi instiga o leitor a enveredar por reflexões próprias, como, por exemplo, vincular o tom "amargo e áspero" das memórias do defunto-autor ao "veio de inconformismo" que o crítico vê cintilar no olhar do cronista debruçado sobre a tragicomédia política com os entreatos de barbárie. Ou então explorar as riquezas teóricas do ensaio final, que, ao expandir o confronto crítico com uma das "três versões de Brás Cubas", acarreta-lhe retrospectivamente novos subsídios.