Reunião de cinco peças fundamentais do dramaturgo, escritas ao redor da década de 1950, cujos temas centrais são tolerância religiosa, imigração e o sonho americano, este último representado pela figura de Willy Loman, um vendedor que chega à velhice vendo seus sonhos de grandeza desmoronar.
Reunião de cinco peças fundamentais do dramaturgo, escritas ao redor da década de 1950, cujos temas centrais são tolerância religiosa, imigração e o sonho americano, este último representado pela figura de Willy Loman, um vendedor que chega à velhice vendo seus sonhos de grandeza desmoronar.
Escrita em 1949, A morte de um caixeiro-viajante subverte a clássica história da queda trágica do herói para contar a história de Willy Loman, um vendedor de sessenta e poucos anos que vê sua vida familiar e profissional sucumbir à revelia de sua ilusão de grandeza. Willy crê representar o típico herói do sonho americano, por mais que o relativo fracasso de sua vida deponha em contrário. A ambígua relação de dependência com o filho Biff, no qual projeta o sucesso que ele próprio gostaria de ter alcançado, é o principal conflito da trama. Em sua estreia em 1949, a peça teve 742 apresentações e garantiu a Miller um Pulitzer e um Tony, entre outras premiações.
As bruxas de Salém é baseada em eventos verídicos que ficaram conhecidos como os Julgamentos das Bruxas de Salém. No ano de 1692, em Massachusetts, cerca de 150 pessoas foram processadas por bruxaria, resultando em várias execuções. Escrita no início dos anos 1950, a peça é uma alegoria do macarthismo, perseguição anticomunista empreendida nos EUA nesse período, e da qual o Miller foi vítima, quando o interrogaram e condenaram por não denunciar os colegas comunistas. O próprio Miller adaptou a peça para o cinema em 1996, em produção estrelada por Daniel Day-Lewis e Winona Ryder.
As outras três peças incluídas nesse volume são menos conhecidas do público, mas igualmente brilhantes, ocupando posição importante na produção do dramaturgo.
Um homem de sorte foi escrita em 1940 e conta a história de David Beeves, um mecânico automotivo abençoado por uma incrível boa sorte. Trata-se de uma fábula sobre a tendência do homem em considerar-se marionete do destino em vez de agente de sua própria ruína ou fortuna.
Publicada em 1947, Todos eram meus filhos conta a história de Joe Keller, um típico pai de família que se vê responsável pela morte de pilotos americanos na Segunda Guerra - seu filho Larry incluído - depois de vender peças defeituosas ao exército. Levantando questões sobre responsabilidade social e a validade dos ideais americanos da época, a peça antecipa temas que seriam retomados em A morte de um caixeiro-viajante e foi um sucesso de público.
Um panorama visto da ponte, encenada pela primeira vez em 1955, gira ao redor de uma família de imigrantes italianos que vive num bairro sob a Ponte do Brooklyn, numa comunidade pautada pelos códigos sociais dos sicilianos. A espiral trágica do estivador Eddie Carbone tem início quando dois parentes de sua esposa chegam da Itália e um deles se envolve com sua afilhada Catherine.