Em 1925, um oficial britânico tenta localizar um Eldorado no interior do Brasil, mas acaba desaparecendo na selva. Vinte e sete anos depois, o repórter Antonio Callado vai ao Xingu para escrever sobre o sumiço do explorador e produz um dos mais fascinantes relatos jornalísticos já feitos no Brasil.
Em 1925, um oficial britânico tenta localizar um Eldorado no interior do Brasil, mas acaba desaparecendo na selva. Vinte e sete anos depois, o repórter Antonio Callado vai ao Xingu para escrever sobre o sumiço do explorador e produz um dos mais fascinantes relatos jornalísticos já feitos no Brasil.
Em 1925, o coronel britânico Percy Harrison Fawcett tentou encontrar no interior do Brasil uma fabulosa cidade perdida no sertão. Não era a primeira vez que procurava a Atlântida tropical, mas foi a última - Fawcett e seus companheiros de expedição desapareceram na mata.
Vinte e sete anos mais tarde, em 1952, o jornalista Antonio Callado esteve na região do Xingu, em uma viagem organizada pelos Diários Associados, de Assis Chateaubriand. Graças ao sertanista Orlando Villas Boas e aos índios calapalos, chegaram ao local onde presumivelmente se encontrava a cova com os ossos do coronel desaparecido.
Lançado em 1953, Esqueleto na lagoa verde é um dos mais fascinantes relatos jornalísticos já feitos no Brasil - e a experiência no Xingu serviu de inspiração para o romance Quarup, publicado por Callado em 1967.
Ao reconstituir os passos do explorador britânico, e de outros que procuraram decifrar o sentido de sua obsessão, Callado produziu uma reportagem incomum sobre o sonho de um vitoriano nos trópicos, sobre o encontro com os índios, sobre um país que ainda estava por se descobrir e sobre a própria arte de fazer jornalismo.